Texto cético tenta “desmascarar” veganismo(?)

Gostaria que quem tivesse estômago pra ler esse texto pudesse comentá-lo. Só peço que não comentem no blog, porque, como todo polemista, seu desejo é deixar perturbados os “vegans religiosos” (curioso que onívoros mais reaças adoram chamar vegetarianos, veganos e outros defensores dos animais de “vegans” como sinal de desprezo).


Veganismo Desmascarado

Talvez, vocês tenham presenciado uma cena semelhante: Você vem andando pela calçada e é abordado por uma moça. Ela pede um minuto de sua atenção e você, como todo bom idiota, para para (maldito acordo ortográfico!) dar atenção – e depois lamentar de não ter continuado andando. Ela diz que quer falar com você e lhe entrega um panfleto. Ela, com seu sorrisinho, fala pra você mudar de postura, pois a mesma é errada, que você deveria ver o mundo com outros olhos, ser mais ético. Que, assim que mudar, sua vida melhorará e ajudará a fazer um mundo sem sofrimento.

Você deve estar pensando em alguma Testemunha de Jeová, com sua revista Sentinela, mas não. Estou falando de uma das novas religiões que apareceram nos últimos tempos: o Veganismo. Sim, pois a onda Vegan está mais parecida com religião do que qualquer outra coisa, e aqui eu demonstrarei o porquê.
Primeiro de tudo, vamos entender o que é veganismo e, para isso, vamos ver sua origem: o vegetarianismo. Não, os dois não são a mesma coisa.
O vegetarianismo não tem nada de complicado: A pessoa não gosta de comer carne e prefere alimentar-se apenas de vegetais. Simples assim. Há alguns que se alimentam de ovos, leite e derivados (seja de vaca, cabra ou outro animal qualquer), ovas (de peixe, claro) etc. Não é muito diferente se eu não quiser comer ovos mexidos, por exemplo (detesto ovos mexidos), ou quiabo (odeio quiabo!). A pessoa come o que quiser e pronto! Fim da história. É mais ou menos como acontecem nas religiões: Um camarada cisma que existe um deus (chamemos Coxarrebolante). Ele faz umas preces a Coxarrebolante, venera Coxarrebolante e continua a sua vidinha. Outros acham que isso deve ser seguido com maior rigor, daí constroem um templo para Coxarrebolante, fazem “UUUUUUhhhhh” para Coxarrebolante, dedicam oferendas e assim tem início a religião do Coxarrebolantismo. Todos TÊM que ser coxarrebolantistas, pois caso contrário serão considerados hereges e atirados no inferno.
Com o Veganismo não é diferente. Em 1944, Donald Watson (1910 – 2005) fundou a Vegan Society, por ter se indisposto com a Vegetarian Society por diferenças ideológicas – coisa que não ficou muito bem explicada, mas isso nós vemos acontecer em qualquer religiões. Assim, Watson (que não é aquele Watson) se juntou a mais 6 pessoas, e decidiram criar uma nova sociedade, criando até mesmo um novo nome. Watson foi criado numa fazenda quando garoto e resolveu ser vegetariano quando ele viu o que acontecia com os porcos, de modo a virarem o amado bacon nosso de cada dia. Ele (Watson e não o bacon) surtou com pena dos animais e achou que a humanidade era boba, feia e chata; e essa humanidade boba, feia e chata tinha que defender os animais.
Sinceramente, não acho nada de errado defender os animais. Mas há algo sinistro que governa os destinos dos seres vivos. Há algo malévolo, pérfido, indiferente a qualquer coisa que nasce, vive e morre. Essa coisa, como já falei várias vezes, é a Seleção Natural. Ela é quem comanda a sua vida, seu mortal idiota! Antes de prosseguir, demonstrando porque o veganismo está caindo para as raias do absurdo (se é que não começou lá), vamos dar uma repassadinha básica em certos detalhes do mundo biológico.
Nós, seres humanos, somos apenas uma ridícula e insignificante porção da biodiversidade. Somos tão ridículos que só há uma única espécie do gênero Homo. Nenhum dos outros sobreviveu. Apesar de sermos ridiculamente insignificantes, a Seleção Natural demonstrou que somos vencedores, dados os milhares de anos que o Homo sapiens anda por aí. Todos os demais indivíduos do gênero Homo não sobreviveram para contar a história, pois foram extintos. Se algo contribuiu para isso foi a nossa dieta onívora (comemos qualquer coisa, ou quase) Antes, éramos caçadores-coletores, isto é, vivíamos exclusivamente da caça e da coleta de víveres que estavam facilmente ao alcance das mãos. Isso perdurou até que inventamos a agricultura. Nosso cérebro era pequeno e não muito bom para formar o que poderíamos chamar de civilização tecnológica (emprego “tecnologia” como o conhecimento de usar ferramentas, mesmo as mais rudimentares). Alguma coisa fez a diferença, e essa diferença foi a ingestão de proteínas de origem animal.
Esse é o ponto que o vegan fica estarrecido, arregala os olhos e diz: NOOOOOOOOO!!! Mas, esperem! As plantas também produzem proteínas, logo o que há de diferente entre elas?
Vegans, como costumam ser os religiosos fanáticos, não leem nada que divirja de sua opinião pré-concebida e preconceituosa, isto é, eles costumam não entender NADA de bioquímica. Façam um teste: peguem um livro de bioquímica e tomem um capítulo. Escolham um vegan e peça para ele explicar. Digamos, ciclo de Krebbs. Se você estiver num debate online, o co-debatedor correrá pro Google, acessará a Wikipédia e dará copy/paste. Peça para eleexplicar o que está escrito ali. Ele não saberá. No máximo, recorrerá a sites como o Go Vegan, o Answer in Genesis do Veganismo.
Muito bem, a maioria das plantas sintetizam seu próprio alimento através da fotossíntese, como qualquer criança de Ensino Fundamental sabe. Mas é um processo MUITO complexo. A planta sintetiza também proteínas – que nada mais são que junção de vários aminoácidos – além de enzimas que possibilitam muitas reações químicas no organismos (às vezes elas participam da reação, às vezes só agem como catalisadores, acelerando – mas não participando – da reação). Os animais sintetizam proteínas de forma diferente. Eles montam e desmontam proteínas, absorvem e reciclam os nutrientes absorvidos, até produzirem as proteínas necessárias ao seu funcionamento.
Os animais não produzem todas as proteínas igualmente. Alguns animais produzem uma determinada proteína, outros não. Por causa disso, e de nossa dieta onívora, os seres humanos que desenvolveram a capacidade de metabolizar quase todos os tipos de proteínas tiveram melhor chance na corrida evolutiva, pois a população que apresentou esta capacidade ficou em vantagem nos tempos de escassez. Assim, o que REALMENTE interessa aos animais são os aminoácidos provenientes das proteínas, pois eles serão usados para suprir o organismo de forma que o metabolismo faça a síntese do que for necessário. Dessa forma, o que importa não é a proteína em si e sim de quais aminoácidos ela é constituída.
Um detalhezinho que os fanáticos religiosos vegans – também chamados Talibãs da Couve-Flor – não sabem (ou não querem saber): as proteínas animais são mais facilmente metabolizadas do que as proteínas vegetais, pois as proteínas vegetais são formadas por outros aminoácidos que seriam necessários para o nosso organismo, mas não todos. Se determinados aminoácidos estiverem presentes, não servirão, pois cada proteína é formada por uma série de aminoácidos característicos. E eu ainda nem entrei na questão das vitaminas e complexos vitamínicos. Logo, não basta ser proteína, tem que ser formada pelos aminoácidos certos.
O que isso significa? Significa que bioquimicamente, não há sentido ser apenas (notem o “apenas”) vegetariano. Basta considerar que nem todas as proteínas vegetais possuem os aminoácidos que nós, seres humanos, precisamos. De onde iríamos conseguir estes aminácidos? Comprando no Mercado Livre? Hoje é fácil, há 20 anos era difícil, há 50 anos era praticamente impossível e de 100 anos para trás era COMPLETAMENTE impossível.
Mas… mas… mas, e os estudos que as carnes fazem mal? Simples: Não fazem.
As carnes, enquanto fonte de proteínas, não fazem mal; o que faz mal é a taxa de gordura associada a ela. Escolhendo carnes mais magras, o problema diminui substancialmente. E aí vamos para outro ponto em que o veganismo é semelhante às religiões: Desonestidade.
Sites como o Go Vegan, como todo antro de fanatismo religioso, omite certas informações. Costumam tecer comparações entre as dietas onívoras e as vegetarianas, dando (é claro) vantagem para a dieta vegetariana. O que eles “esquecem” de mencionar é que comparam uma dieta onívora desbalanceada com uma dieta vegetariana balanceada. Trapaça pouca é bobagem! “Esquecem” também de mencionar que, embora os vegetais também apresentem proteínas, a maior parte da planta é composta por celulose, um carboidrato (e não proteína) que não é absorvido pelo organismo humano; se fosse você poderia comer algodão ou mesmo papel, mas você sabe que não é assim que a banda toca. Por certo, nem mesmo o sistema digestório de animais herbívoros, como os boizinhos lindos, estão completamente adaptados para isso. O que eles têm que nós não temos são micro-organismos que atacam a celulose, quebrando-a em moléculas menores que podem ser absorvida pelo organismo dos distintos herbívoros.
No caso dos animais, digerimos a sacarose e o amido (dois outros exemplos de carboidratos) porque eles são “quebrados” em partes menores. Nossa saliva contém uma enzima camadaamilase, responsável por quebrar o amido em unidades menores, facilitando sua absorção. No tocante à proteína animal, o fato é que sua ingestão nos propiciou o desenvolvimento do encéfalo [1] [2] [3] . Da mesma maneira, houve um aumento de estatura considerável no povo japonês depois da Segunda Grande Guerra. Com a chegada de norte-americanos nas ilhas do Pacífico, começou a haver uma mudança de hábitos alimentares, com a introdução de mais proteína animal na dieta dos que lá viviam. Isso acarretou um aumento na estatura média do povo japonês [4] [5] , somando-se também um melhor estilo de vida [6] ; e é óbvio que apenas a ingestão de proteína animal não acarretaria isso, mas também é um fator a ser levado em conta. Se fosse nociva, tal desenvolvimento não seria observado, ou seria em menor grau. Em uma reportagem da revista Época (edição de 24 de agosto de 1998), é demonstrado como os tanques japoneses possuíam cabines pequenas, adequadas à estatua média do soldado japonês. Atualmente, entrar numa cabine assim é muito, muito complicado para um adulto. Ainda no tocante à população japonesa, estudos sugerem que o consumo de proteínas animais – em comparação com os povos ocidentais – não está relacionada com casos de Acidente Vascular Cerebral ou infartos. Credita-se então à ingestão de altas percentagens de gordura animal e colesterol. Fica claro que o problema não é a carne em si, e sim a gordura, como banha de porco etc.
Ao lermos sobre os efeitos de uma alimentação pobre em proteínas, encontramos um artigo que relata (grifos meus):
A suplementação, com proteínas, de uma dieta na qual esse nutriente era deficiente, tanto em quantidade quanto em qualidade, levou a resultados diversos, dependendo da qualidade da proteína usada na suplementação. Quando se suplementou a dieta carente com uma proteína de baixa qualidade (de origem vegetal), os efeitos sobre a DA [depressão alastrante da atividade elétrica cerebral] não foram revertidos. A reversão só foi conseguida quando a proteína usada na suplementação era a caseína, a proteína animal de excelência para os mamíferos. Com base nessas observações pode-se concluir que os efeitos da desnutrição no início da vida sobre o desenvolvimento e as funções cerebrais não podem ser completamente evitados, se a alimentação deficiente for suplementada apenas com proteínas de baixo valor biológico, isto é, de baixa qualidade, definida pela falta de alguns aminoácidos essenciais.
Guedes, Rubem Carlos Araújo, Rocha-de-Melo, Ana Paula Rocha-de-Melo e Teodósio, Naíde Regueira Teodósio – NUTRIÇÃO ADEQUADA: A BASE DO FUNCIONAMENTO CEREBRAL, Ciência e Cultura vol.56 no.1 São Paulo Jan./Mar. 2004
Em (pseudo)refutação a isso, costumam linkar o artigo da American Dietetics Associationcomo prova que a dieta vegetariana é mais saudável. Ou não sabem ler em inglês, não sabem usar o Google translator ou são carentes de honestidade (mais provável, uma soma dos três). O abstract (resumo) do artigo começa com:
It is the position of the American Dietetic Association and Dietitians of Canada that appropriately planned vegetarian diets are healthful, nutritionally adequate, and provide health benefits in the prevention and treatment of certain diseases. Approximately 2.5% of adults in the United States and 4% of adults in Canada follow vegetarian diets. A vegetarian diet is defined as one that does not include meat, fish, or fowl. Interest in vegetarianism appears to be increasing, with many restaurants and college foodservices offering vegetarian meals routinely. Substantial growth in sales of foods attractive to vegetarians has occurred and these foods appear in many supermarkets. This position paper reviews the current scientific data related to key nutrients for vegetarians including protein, iron, zinc, calcium, vitamin D, riboflavin, vitamin B-12, vitamin A, n-3 fatty acids, and iodine.
É a posição da Associação Dietética Americana e Nutricionistas do Canadá, que dietas vegetarianas apropriadamente planejadas são saudáveis, nutricionalmente adequadas e fornecem benefícios de saúde na prevenção e no tratamento de certas doenças. Aproximadamente 2,5% dos adultos nos Estados Unidos e 4% dos adultos no Canadá seguem dietas vegetarianas. A dieta vegetariana é definida como aquela que não inclui carne, peixe ou ave. O interesse pelo vegetarianismo parece estar aumentando, com muitos restaurantes que oferecem refeições vegetarianas rotineiramente. O crescimento substancial nas vendas de alimentos atraentes para os vegetarianos ocorreu e estes alimentos aparecem em muitos supermercados. Este artigo analisa a posição atual de dados científicos relacionados aos nutrientes essenciais para os vegetarianos, incluindo proteínas, ferro, zinco, cálcio, vitamina D, riboflavina, vitamina B-12, vitamina A, ácidos graxos n-3, e iodo.
Com o detalhe que as vitaminas do complexo B são majoritariamente (e no caso da vitamina B12, exclusivamente) pertencente a alimentos de origem animal, isto é, carnes. Vegetais não apresentam vitamina B12, a qual é essencial ao nosso organismo [7] . Qualquer um que estude um pouquinho de fisiologia sabe que além da vitamina B12, o ferro é muito importante, principalmente sob a forma heme, que é essencial para nós, devido ao seu trabalho junto à hemoglobina. Esta forma de ferro é muito mais fácil de ser absorvida pelo nosso organismo do que o ferro não-heme. Alimentos de origem animal contém não só ferro sob a forma heme, como a não-heme. Os vegetais normalmente só possuem a segunda [8] [9] [10] .
Nisso, cabe repor os nutrientes e vitaminas essenciais com o uso de suplementos alimentares. Mas que diabo de dieta perfeitamente saudável é essa que precisa de suplementos? Isso faz sentido? Na mente vegan, faz..
Sim, eu concordo que a obesidade é um caso grave na saúde norte-americana, mas precisamos guardar as medidas. Já publicamos uma pesquisa que informa que a obesidade infantil tem origem genética também. Ademais, o que o norte-americano médio come? Um monte de porcarias industrializadas ou nos fast-food da vida. Compre um imenso Big Mac com fritas e preste atenção no quanto de gordura animal você estará ingerindo. Batatas são vegetais e o óleo onde elas são fritas (e saem deliciosamente crocantes) também são de origem vegetal. Assim, o problema não está na carne em si (frita na chapa e não na fritadeira, imersa em óleo) e sim no percentual de gordura ingerido, que pode ser tanto de origem animal, como vegetal. Dessa forma, se eu tirar o hambúrguer e o queijo, eu poderei comer o Big Macapado e ficar tranquilo, já que não estou comendo nada de origem animal? Assim é fácil!
O Go Veg é um site tão escroto, tão mentiroso e sem-vergonha, que não se importa em estuprar o conhecimento científico que temos hoje, publicando um monte de sandices despropositadas sobre a fisiologia humana. Eles tiveram a pachorra de dizer que a formação dos dentes e do trato digestivo foi selecionado biologicamente para se alimentar apenas de vegetais. Só alguém completamente ignorante nesse assunto vai acreditar nisso. E eu falo ignorante na pureza do significado, isto é, de realmente não saber nada sobre o assunto.
Lá, afirma-se que o pH normal do estômago está entre 4 a 5. Mentira! O ácido produzido no estômago é o ácido clorídrico, que junto com a pepsina age fortemente contra o alimento que você ingere. O HCl é um ácido inorgânico com alto grau de ionização (Química de 1º ano de Ensino Médio). À medida que o pH do estômago vai aumentando (como quando você bebe leite de magnésia), o corpo produz mais HCl. A ação do HCl possui um rendimento otimizado entre o pH 1 e 2, isto é, se o pH começar a subir, o corpo corre em corrigir isso. Eu já fiz este teste em laboratório, com solução de HCl e solução de pepsina, e comprovei isso. Mas tal coisa não foi feita pelos “gênios” do Go Vegan.
E sobre atacar o estômago? O HCl não ataca as paredes do seu estômago por duas razões. A primeira é que o HCl possui o cloro no seu estado de redução máximo, logo, ele não pode oxidar nada (também é ensinado isso em Química do 1º ano do EM). O ácido clorídrico NÃO Éum agente oxidante. A segunda é que em conjunto com a pepsina ele não ataca o estômago por causa de uma grossa camada de muco estomacal. Este muco – que normalmente se regenera competamente a cada 3 dias – contém, entre outras coisas uma substância chamada “bórax”, que ajuda a neutralizar a alta concentração de íons H+. Úlceras têm diversos fatores e um deles é a presença da Helicobacter pylori, que ataca o muco. Com menor camada de muco, o ácido clorídrico começa a atacar o tecido estomacal.
Outra besteirada na versão verde da Montfort é dizer que o intestino delgado tem cerca de 10 a 11 vezes o tamanho do ser humano. Considerando que tal tamanho está entre 3 e 7 metros de comprimento, então o corpo deveria ter entre 30 e 70 cm de altura. Ou o pessoal do GoVegan é completamente analfabeto em matemática ou, então, eles examinaram algum gnomo de jardim.
Chegaram, inclusive, a me mandar este artigo da Scielo para fundamentar a argumentação em prol do veganismo. Infelizmente, a própria conclusão do artigo desmonta o castelo de cartas:
CONCLUSÃO: A alimentação onívora desbalanceada, com EXCESSO de proteínas e gorduras de origem animal, pode estar implicada, em grande parte, no desencadeamento de doenças e agravos não-transmissíveis, especialmente no risco cardiovascular (grifo meu).
Qualquer dieta desbalanceada é danosa à nossa saúde, na linha do “tudo o que é demais faz mal”. Mas e os vegetais? Eles não seriam mais saudáveis? Dificilmente. A maioria sequer entraria em nosso cardápio se não fosse o nosso desenvolvimento e aprendizado na prática culinária, o que desmonta a tese absurda que o homem nasceu pra ser vegetariano. Muitos vegetais JAMAIS poderiam ter sido consumidos por nossos ancestrais, como é o caso do feijão que é altamente tóxico, pois possui inibidores de tripsina, uma enzima que ajuda no ataque a fibras musculares que foram ingeridas, além de agir nas fezes impedindo que haja prisão de ventre (e muitas vezes causando diarreia, quando em altas concentrações). Como se resolve? Através de tratamento térmico (cozinhando, em outras palavras). Claro que podem alegar que hoje ninguém como feijão cru, mas nossos antepassados não apareceram na terra com uma cozinha completa. Caçadores-coletores comiam o que viam pela frente (muitas vezes o que viam pela frente os comiam também, mas faz parte).
Ainda sobre o feijãozinho nosso de cada dia, convém que ele fique “de molho”, pois não conseguimos digerir uma substância chamada rafinose, um trissacarídeo também presente na soja, que só faz bem na mente vegan, mas não é essa maravilha que apregoam. Os fitatos contidos nela agem como fatores anti-nutricionais, já que reduzem a biodisponibilidade no organismo de minerais divalentes como: cálcio, ferro, magnésio, manganês, cobre e zinco, principalmente. Alguns estudos mostram que estes fitatos são importantes na mesma medida, mas deve-se ressaltar que ao se ingerir soja é preciso ingerir mais dos íons acima descritos. E tome suplemento alimentar! Isso soa plausível numa dieta tida como “melhor”? Bem, vegans continuarão achando que sim. Comer mandioca crua, alguém se arrisca? A mandioca consumida comumente, não nos traria problemas, mas o preparo original da mandioca brava é todo um ritual, por causa dos glicosídeos cianogênicos. Não, você não leu errado. É quase como comer cianetos (quase; e embora não seja a mesma coisa, pode ser fatal também).
Antes de terminar esta parte do artigo, deixem-me dizer-lhes uma coisa, afim de acabar com um mito: vegetais também se defendem.
Analisem. A Seleção Natural favorece quem estiver mais apto a gerar descendentes. Uma espécie não duraria muito tempo se não puder se reproduzir suficientemente para garantir a sobrevivência. Logo, se muitos herbivoros comessem vegetais direto, sem que esses pudessem ter tempo para se reproduzirem, não haveria vegetais, não haveria herbívoros e não haveria carnívoros. Os vegetais, contudo, desenvolveram táticas de defesa, muitas vezes mais cruéis que muitos animais. Alguns são extremamente venenosos, outros trapaceiam, mimetizando pequenos insetos para que os maiores possam ser atraídos. Outros exalam cheiro de carne podre, para que moscas pousem neles ávidas por um lanchinho, acabem se sujando com o pólen e indo para outra flor semelhante, perfazendo a polinização.
Mas que é sacanagem, é. A Natureza não se importa em manipular os seres.
Ainda mascarando informações, os membros da Seita Vegan parte para falácias de apelo à misericórdia e apelo ao mundo, dizendo que “o grão que alimenta o gado é o grão que faz falta na mesa das pessoas”. Mais uma alteração da verdade! Já começa que o gado não é tratado de forma intensiva, só no caso do gado leiteiro. Isso por que ele criaria capas de gordura, e ninguém quer comprar apenas gordura. De acordo com a EMBRAPA, a dieta completa do gado leiteiro “é uma mistura de volumosos ( silagem, feno, capim verde picado ) com concentrados (energéticos e proteicos), minerais e vitaminas. A mistura dos ingredientes é feita em vagão misturador próprio, com balança eletrônica para pesar os ingredientes. Muito usada em confinamento total, tem a vantagem de evitar que as vacas possam consumir uma quantidade muito grande de concentrado de uma única vez, o que pode causar problemas de acidose nos animais. Além disso, recomenda-se a inclusão de 0,8 a 1% de bicarbonato de sódio e 0,5% de óxido de magnésio na dieta total, para evitar problemas com acidose.”
O gado bovino de corte, é tratado com base de cana-de-açúcar como volumoso (cerca de 40 kg/dia) e apenas 3 kg de concentrado (milho + farelo de soja). E obviamente, depois do que os ingleses fizeram, só se alimenta gado de corte com constituinte vegetal (mesmo porque, são herbívoros). Para quem não se lembra, foram alimentar gado com farinha de carcaça de carneiros e resultou no chamado “Mal da Vaca Louca”.
Argumentar que isso faz com que haja falta de alimentos é uma falácia gritante. Qualquer um que vá no CEASA ou no CEAGESP pode ver o tanto de comida que é desperdiçado. ESTE é o problema! Desperdício! Em reportagem da Folha de São Paulo, fica demonstrado que 30% dos alimentos que o Brasil produz são desperdiçados. O desperdício pode acontecer até mesmo em unidades de saúde, como no Hospital das Clínicas. Além disso, há o caso que o mundo está se tornando superpopuloso, e o que seria realmente efetivo seria um controle de natalidade mais sério. Só que com mais gente no mundo, existem mais eleitores, mais gente que servirá de “decoração” para as campanhas eleitorais, mais massa de manobra, mais formas de haver doações, as quais poderão ser desviadas, enriquecendo o bolso de muita gente.
Em resumo: podem plantar o quanto quiserem, ainda haverá falta de alimentos na mesa das pessoas, pois o problema não é a existência do alimento, e sim na chegada até a casa das pessoas. Não há nenhum motivo político ara resolver isso, pois a fome é uma grande arma na mão de ditadores, como podemos comprovar nos países africanos, onde a ONU despeja toneladas e mais toneladas de alimento, e nem um grama chega à boca dos famintos. Se os campos são destruídos para fazer pastagens, segundo a visão vegan, eles seriam destruídos para transformá-los em produção agrícola. Fazem ideia da logística por trás disso? Bem, com certeza, eles não sabem.
Lógico que eu não diria que seres humanos não devem comer vegetais. Devem! Mas também não podem deixar de ingerir carnes, ou então estaremos todos condenados a viver de suplementos alimentícios pelo reso da vida. Reitero a pergunta: Que dieta saudável é essa que não supre nossas necessidades nutricionais?

Sobre a preocupação com os animais

Na página anterior, eu demonstrei que a religião vegan não entende nada de bioquímica, não sabe nada sobre fisiologia e muito menos sobre criação de gado. Se seus adeptos entendem, possuem falta de caráter ao deturpar as informações. Agora, vamos no ponto que realmente é nevrálgico a eles: a preocupação com o direito dos animais.
A essa altura, eu estou sendo taxado como um maníaco antiético, porque eu provei que alimentação vegan é não-natural. Afinal, pessoas éticas devem ter respeito para com animais, certo? Mas o que é ética e o que ela tem a ver com o mundo natural? E por que eu estou mencionando mundo natural?
É um assunto vasto e denso; então, procurarei resumir, sem ficar muito raso. Inúmeros tratados foram escritos sobre Ética, desde os tempos de Aristóteles. Cada um dando o seu palpite, mas que – em última análise – trata-se das relações do homem com a sociedade na qual ele está inserido. Ou seja, é um conceito extremamente subjetivo, pois o que pode parecer ético em uma sociedade pode não o ser em outra. Assim, a sua relação com seus vizinhos será diferente da relação de um beduíno com os seus primos, ou de um tibetano com os moradores da mesma vila. Ética é uma coisa, moral é outra e justiça é outra totalmente diferente, e nenhuma delas está diretamente relacionada com as demais. O que rege tudo isso é a evolução comportamental de um determinado grupo em questão. Assim, quando você mata um indivíduo, trapaceia, rouba velhinhas, bate em aleijados, estupra crianças, entre outras coisas lindas desse quilate, você está saindo do que a sociedade onde você está inserido tem como parâmetro de “certo”. Você queda-se à margem da sociedade, tornando-se um marginal (etimologicamente falando). Mas nem sempre a falta de ética é motivo para punição.
Sendo um médico, é antiético você falar mal de outro profissional, mesmo que o outro seja um salafrário, cachorro, estúpido, ridículo, bandido, sem-vergonha, trapaceiro, ladrão e explorador de pessoas doentes, fazendo com que os tratamentos sejam longos, dando diagnósticos errados (por imperícia ou mau-caratismo mesmo). A ética médica regula isso, mesmo que você queira ser honesto e alertar o paciente, isto é, por mais que você queira agir certo, você é impedido por princípios éticos de sua profissão. É errado, mas não culpem a mim por isso.
Isto posto, vamos fazer uma viagem ao mundo natural. Por que seria antiético André comer um bife? A resposta na ponta da língua vegan seria por causa do sofrimento do animal. Hummm, ok. Então, vejamos a imagem abaixo:
Leões se banqueteando com um búfalo. Fazem ideia do que é ser atacado por um leão? Ser rasgado vivo e o bicho começar a devorá-lo, quando a presa nem ao menos morreu direito… não deve ser algo agradável. Bom, até que é agradável… pro leão! Ele precisa comer, e, não, a Natureza não é boazinha. Existe, inclusive, o caso de formigas que escravizam (sim, você leu certo!) outras formigas[1] [2] [3]. Pois é, não é só o ser humano que é canalha, mas quem disse que o mundo natural tem que ser delicadinho?
Claro que isso poderá abrir margem para uma falácia da falsa dicotomia. Não justifica o caso que um ser humano possa escravizar outro. Lembram-se do conceito de Ética dado acima? Pois bem, há alguns anos, não era nada antiético ter escravos. Aliás, em algumas culturas é plenamente normal ter escravos (na Antiga Atenas, cerca de 80% da população era constituída de escravos, e nem Aristóteles ou Platão escreveram uma linha contra isso. Pelo contrário!); no entanto, como eu falei antes, o que é “normal” numa cultura, pode não ser em outra cultura. Quanto à Natureza? Ela está pouco se lixando se você mata o seu vizinho ou não. Alguns insetos até travam guerras entre si[4].
Há algo de errado na Natureza? Talvez não. Vida se alimenta de vida para continuar viva. Não importa o quanto achemos que um coelhinho 
se eu fosse como tu
seja fofinho. Harpias não só os acharão fofinhos, como deliciosos:
Aqui começa o apelo melodramático. Onde os adeptos da religião vegan apelam pro sentimentalismo tosco, mostrando fotos de bezerrinhos recém-nascidos. Dizem que somos especistas por preferir seres humanos àquelas doces criaturinhas. Lindo, não? Lindamente falacioso!
A resposta para essa empatia com os bezerros é simplesmente fruto de nossa herança evolutiva. Traçamos um paralelo entre os lindos bezerrinhos e nossos próprios filhos. Ambos são pequenos (relativamente, claro), ambos precisam de cuidado, ambos são mamíferos (opa!), ambos têm desenvolvimento similar. Nós possuímos um desenvolvimento maior por que quando criança nós brincamos mais, manipulamos peças, descobrimos o mundo. Cada etapa é um aprendizado e isso cria novas ligações sinápticas, desenvolvendo mais ainda o nosso cérebro. Em suma: quanto mais aprendemos, mais temos condições de aprender.
Também mostram cartazes relacionando cães e bois no mesmo grau de afetividade, como no cartaz ao lado, o que é interessante, pois estes mesmos vegans SÃO CONTRA ter animais de estimação, pois os estamos “escravizando”[5]. Este povo é tão ridiculamente idiota que defende que alimentemos cães e gatos (decididamente carnívoros) com alimentação vegan![6] [7] Que classe de pessoas é essa que defende o direito animal e não respeita a sua biologia, impondo as mesmas loucuras? Que espécie de idiotas é essa que critica pessoas que vestem seus animais com roupinhas similares às nossas, mas querem mudar os hábitos alimentares moldados por milhões de anos de evolução biológica? Estamos vendo bem o que a falta de proteína animal fez com o encéfalo dos vegans. Mais para ferente eu voltarei a essa questão dos animais de estimação.
Agora, vamos acabar com as falácias vegans.
Ai, que lindinha! Cuti-cuti-cuti! Quem quer dar um beijinho?
Pois é. Ninguém gosta de cobras. Tanto é que ficou conhecida como símbolo da maldade, não só na Bíblia, como em muitas culturas (mas não em algumas outras). Isso, possivelmente, deriva de nosso medo herdado de nossos ancestrais, quando estes eram presas das cobras (sim, cobras também não são nada éticas quando estão com fome). Ninguém vê cobras com afinidade, ninguém quer pegá-las no colo, ninguém gosta de pensar nesse distinto animalzinho se esgueirando até você e subindo pela sua perna. Tá, ok. Algumas sociedades hindus criam cobras, apesar de tal criação como bichinho de estimação ser proibido desde 1972, mas preservemos a ideia que cobras são mortíferas e perigosas e quase todos as querem bem longe. De qualquer forma, dificilmente vegans usarão a foto de uma cobra para mostrar que você deve ser ético.
Aliás, que mané ética? Vegans ficam nesse blábláblá defendendo animais, mas eles não desdenham em usar inseticidas e venenos pra ratos!
“Ah, mas aí é diferente! Eles transmitem doenças.”
Então, vamos matar cães também, já que transmitem raiva (qualquer mamífero pode transmitir raiva). Matemos pombos, pois eles transmitem toxoplasmose (eu detesto pombo!). Vamos matar gatos, pois eles podem nos arranhar. Vamos matar logo os toscos seres humanos, pois eles também transmitem doenças. Se for assim, podemos matar qualquer animal, pois alguma doença será transmitida por eles. Ética, hein? Só quando interessa! No link acima de número [6] o autor joga uma conversa fiada que “éticos vegans” não matam moscas, apenas as pegam como quem pegaria uma borboleta com um puçá e a libertaria fora de casa. Ok, meu filho, fique o dia inteiro caçando mosca, sim? Tente isso com mosquitos. Se aparecer um rato em sua casa, convide-o para um almocinho vegan.
Só sendo muito sarcástico para com esse tipo de gente “ética”.
De outra partida, façamos um experimento mental (sendo apenas mental, ninguém sairá ferido), só que usaremos um cão ao invés de um bezerro. Imaginem a situação: Duas casas pegando fogo. As chamas estão descontroladas. Um ético vegan está mais perto de uma, com um cãozinho latindo desesperado. Na outra casa, um pouco mais longe, uma criança de 10 anos berra alucinadamente. Ambos são seres vivos. Ambos são animais. Somente um pode ser salvo a tempo.
A questão é: Qual dos dois você, vegan, salvará? Para qual casa você correrá primeiro? Avalie sua ética, meu caro vegan, e me responda. Depois veremos quem será o especista. Segundo Wittgenstein, não existe problema filosófico ou moral, portanto, você não terá muitos problemas em decidir pelo correto, não é mesmo?
Sejamos francos qual ser vivo não é especista e não vise a sobrevivência de sua própria espécie. E ainda digo mais: cada membro de cada espécie preocupa-se mais em preservar a si mesmo, muitas vezes praticando canibalismo! Até mesmo protozoários tendem a ser canibais, mediante alguma pressão evolutiva e, segundo algumas teorias, foi assim que teria surgido as primeiras reproduções sexuadas com fertilização (cf. MARGULIS, O que é sexo? Ed. Jorge Zahar). Entretanto, como os “reis da ética” sempre gostam de pagar lições de moral, eu ainda gostaria muito de saber, com base no experimento mental supracitado: Quem viverá? O cãozinho bonitinho ou o ser humano que come carne, polui o ambiente, assassina bebês foca, mata piolho e urina em postes (se bem que cães também urinam nos postes)? Tudo bem, não estou sendo imparcial. Mudemos o cenário. Duas casas pegando fogo, cada uma de um lado da rua. O vegan ético está bem no meio da rua e tem que decidir se correrá para a casa de uma calçada ou para a casa da outra calçada. Ele consegue ver bem quem está em cada casa: em uma, a criança humana, na outra, o cãozinho fofinho. Quero saber: Para qual casa o ético vegan correrá primeiro? Vegans não podem responder a isso; no máximo usarão algum apelo melodramático de novela mexicana de quinta categoria.
Como adeptos de uma religião pós-moderna, eles se recusam a olhar qualquer situação sobre outro prisma (oh, meu deus! Os lindos ratinhos brancos!). Eles sempre terão uma visão idílica sobre a Natureza, não importando o quanto você mostre as coisas mais feinhas (sai pra lá, inseto desgraçado!). Usam de dois pesos e duas medidas. É como o pessoal que defende o bem e a paz que as religiões trazem, mas “esquecem” dos homens-bomba, o fanatismo religioso, as guerras travadas em nome das religiões etc. Ah, mas não eram religiosos de verdade. Se… Com os seguidores da religião vegana não é diferente, principalmente quando a barra começa a pesar pro lado deles, em cujo momento tentam escapar pela tangente com o eterno blábláblá sentimentaloide, alegando que animais possuem senciência, pois sentem dor e coisa e tal. Mas e os demais seres vivos?
Plantas – alegam os vegans – podem ser consumidas sem dó nem piedade, pois elas foram criadas (Design Inteligente?) para servirem de alimento. Só que muitos vegetais, apesar de não possuírem sistema nervoso central, respondem a estímulos, como é o caso da Dormideira (Mimosa pudica L), que basta um leve toque e ela já se fecha. As inúmeras plantas “carnívoras” (plantas são antiéticas?) reconhecem quando não conseguem extrair nutrientes necessários do solo (como nitrogênio inorgânico, por exemplo), e possuem verdadeiras armadilhas que aprisionam e devoram insetos. Há, inclusive, pesquisas que visam determinar que algumas plantas reagem ao som de música clássica, por exemplo. Confesso que, do meu ponto de vista, a pesquisa é questionável, mas também é questionável dizer que devemos ter pena dos animais (mas só alguns), pois eles são sencientes e sofrem. Quer dizer que se eles não sofrerem dor, eu posso passar o rodo, então? Onde começa a senciência dos animais? Onde eu posso utilizá-los a meu bel-prazer, sem problema ou dor de consciência? Mais uma vez, com a palavra, os vegans.
Levemos em conta ainda que algumas plantas “não querem” ser comidas. Por isso, a Seleção Natural privilegiou aqueles espécimes que possuíam um sistema de defesa, quer sob a forma de espinhos, quer sob a forma de toxinas. Mas os vegetais não são mais saudáveis? Eu falei na página anterior o que acontece se ingerirmos feijão e mandioca sem tratá-los adequadamente. E, obviamente, alegarão que desenvolvemos métodos culinários para isso. Mas reitero o meu ponto: se são tão mais saudáveis, por que alguns deles podem nos matar em questão de minutos? E por que é preciso de cozimento, se o domínio do fogo demorou muito, muito tempo? Levando isso em conta, é significativo que devemos ser cruéis com os animais? Podemos fazer despachos, meter-lhes a marreta, sangrarmos, colocar venenos para cães de rua, atirar em gatos com chumbinho e dar uma porrada na bunda de um cavalo?
A questão é que a relatividade moral está encerrada em grupos e não em indivíduos. Isto significa dizer exatamente o que eu falei antes: que os conceitos morais e éticos variam de sociedade para sociedade. Claro que isso não exclui o fato de algumas coisas serem erradas seguindo nosso modo de ver, em nossa sociedade. Assim, aquilo que eu chamo de “Macumba Judaica”, que engloba os rituais do Yom Kipur é algo totalmente desnecessário. Matar galos, peixes etc. só para… para o quê, mesmo? Da mesma forma que outros rituais sem sentido, sacrificar um animal em honra a um deus qualquer não é algo que se possa ter como “aceitável”, começando pelo fato que ninguém sabe se tal entidade existe (mas, provavelmente não). Da mesma forma, o emprego de selvageria para matar animais indefesos pode servir para auto-afirmação de uma masculinidade de caráter questionável. Ambos beiram o sadismo, e podem ser reflexo de personalidades doentias, capazes de perpetrar ações más a qualquer um.
Mas, espere um instante! Qual é a diferença entre dar um teco num pombo e abater um boi?
Toda ou nenhuma, dependendo do ponto de vista. Se você me perguntar em termos simples de vida e morte, não há, de fato, diferença. Só que as coisas não são simples.
O abate de gado para alimentação (que eu demonstrei ser essencial na dieta humana) não é feito de modo selvagem e sádico – ao contrário do que a apocalíptica religião vegan alardeia -, a não ser em abatedouros clandestinos. Para isso existe fiscalização (se essa fiscalização é falha, é outra história). Assim, o animal é abatido da forma menos traumática possível. O boi – que é um touro que passou por uma terrível decepção – é abatido de forma pouco dolorosa, embora eu conceda que alguma dor existe, mas eu demonstrei acima que muito pior a Natureza faz. Assim, eu sou antiético? Não há resposta em níveis lógicos, pois a Lógica não ajuda nessa questão, nem os conceitos morais, éticos e filosóficos. Talvez, no futuro, toda a nossa alimentação será sintética, sem a necessidade de matarmos mais nenhum animal, onde nós seremos alvo de vergonha de nossos descendentes, ou não. Só que atualmente precisamos, e isso é fato! Postar cartazes de lindas mulheres beijando uma berinjela (um tanto quanto freudiano, se prestarem atenção) não fará diferença no mundo natural. Precisamos, enquanto entidades biológicas, dos alimentos de origem animal. Ponto.
Uma coisa interessante salientar é que o gado (de abate, leiteiro etc.) só existe pela pressão seletiva do meio e das necessidades do homem. O que isso significa? Muito simples: a espécie das lindas vaquinhas só existe após milênios de seleção natural e seleção artificial. E não só as vaquinhas, mas cães, gatos, pássaros, peixes, crustáceos etc. Em termos de História Ambiental, todos os ecossistemas foram alterados desde que o Homem pisou pela primeira vez na Terra. E não só os seres humanos, pois no caso de espécies invasoras também ocorre mudança no ecossistema. É nisso que se sustenta uma teoria sobre o que aconteceu na Ilha da Páscoa.
Vegans têm a mania idiota de alegar que escravizamos os animais (coisa que eu provei que eles já fazem entre si, e com referência sólida). Mas a verdade é que vivemos numa imensa, e necessária, simbiose (não necessariamente endossimbiose). Bem, deixem-me contar-lhes sobre os cães. Eles são descendentes diretos dos lobos. Ao invés de imaginarmos uma cena onde nós, malditos seres humanos, escravizamos lobos para servirem em nossos rituais mágicos, até que fossem formados os cães, aconteceu algo um tanto diferente. Eles é que nos adotaram.
Registros arqueológicos mostram que os lobos começaram a seguir os nômades humanos Afinal, estes tinham alimentos, fogo (luz e proteção) e abrigo. Os primeiros homens podem ter matado alguns lobos, assim como alguns lobos podem ter tentado ter alguns humanos pro jantar. Com o tempo, os homens acharam legal ter sua companhia. Jogavam seus restos de comida pros lobos e estes agradeciam efusivamente. Aos poucos, chegaram mais e mais perto. Ajudavam a espantar outras feras, enquanto os humanos usavam o fogo para espantar feras maiores ainda. Foi um bom relacionamento e só deu certo ao longo desses milênios. Estabelecemos amizade com os lobos, que aos poucos (por pressão seletiva, natural e artificial) se tornaram nossos companheiros. Recomendo a edição nº 120 da National Geographic Brasil (março de 2010), que traz um interessante artigo sobre isso. Ou não. Deve ser alguma propaganda anti-vegan propalada por carnívoros sem moral ou ética. A decisão é de vocês.
Confesso que gosto muito de gatos. Eles são arrogantes, inteligentes, independentes, carinhosos (quando querem) e fiéis; mas o cães, também confesso, conquistaram uma amizade sem precedentes. O termo “fidelidade canina” serve bem para exemplificar a sua importância. São amigos, companheiros, defensores, cuidavam e ainda cuidam de nossos filhos, guardam nossas casas, dormem fora, mas alguns dormem dentro. Nos ajudavam a caçar, dar alarme contra invasores, uivavam ao menor perigo, lamentavam-se por uma caçada improdutiva, avisavam se o tempo mudaria, puxavam nossos trenós, faziam-nos companhia, consolavam-nos, olhavam para nossos olhos e víamos que os seus era o reflexo de nossas próprias almas. Por que não ter um cão? Qual o crime de termos um animal de estimação, se cuidarmos dele com atenção, amor e carinho? Conheço muitas pessoas que tratam melhor os seus cães do que o próprio filho. Vegans ainda acharão que isso é escravidão, o que me força a vê-los com pena, pois não devem ter muitos amigos, não se dão ao luxo de ter a companhia de um cão ou um periquito. Os únicos amigos que possuem são outros membros de sua religião, para falar exatamente da religião vegan, tentando subsídios para se justificarem dia após dia, como qualquer religioso fanático. Não desfrutam da alegria de ir passear com seu amigo peludo num parque, brincar de jogar freesbe, pescar (ops! Pesca não é vegan!), não pode ter um amigo aconchegado perto dos pés, ou até que durma ao pé da cama. Alguns dormem literalmente aos pés, dividindo cama, compartilham nossa comida, vibram quando chegamos e ficam tristes quando temos que sair.
Português maravilhoso, não?
Mas, não. Para a religião vegan tudo isso é criminoso! Vamos libertar os cães. Vamos deixar aquele poodle lindinho no mundo afora, de modo que ele consiga sobreviver sozinho (se alimentando de forma ética e saudável, sem ferir nossas amiguinhas vacas). Seus antepassados conseguiram facilmente, quem sabe se o poodle de hoje não reaviva alguma memória guardada em seus genes? Bem, se ele não fizer isso, Darwin estará de olho. Ou o poodle bonitinho esteja pronto para enfrentar a vida sem nós, humanos, ou ele perecerá em questão de dias, de fome, sede e frio. O que é mais cruel? Se tem um grupo realmente especista são os vegans, pois eles acham que são melhores que os demais e se puseram na posição de guardiães da vida animal, mas só alguns. Eles escolhem quais as espécies merecem seu pseudocarinho, pois amor e carinho mesmo é algo que vegans não têm e jamais terão. O que eles possuem são egos do tamanho do Himalaia, e tão inóspitos e vazios quanto.
Assim, vegans não se importam com os animais. Eles se importam apenas com sua ideologia retardada, criada por meio de mentes atrofiadas por baixa concentração de proteínas e vitaminas. Fazem protestos e passeatas, alguns idiotas até querem que substituamos o leite de vaca por leite materno, onde as 
estúpidas
voluntárias forneceriam leite para fazer queijo, coalhada etc. Quantas mulheres seriam necessárias? Na mente vegan, tudo isso faz sentido. Ah, mas isso é coisa do PETA e nem todos são 
escoceses
vegans de verdade.
PETA. A entidade mais fundamentalista da religião da Nossa Senhora da Alface. Os xiitas do Brócolis Sagrado, que pensam ser o arauto da Nova Era, oferecendo “a pílula verde” ou alguma metáfora idiota imitando Matrix (deve ser por causa das letrinhas verdes). Uma entidade imbecil que faz comícios com mulheres (nem sempre bonitas) que andam peladas para dizer que não usam peles. Curiosamente, nenhuma delas desfila no norte do Alasca e sim no meio de Nova York, só para chamar a atenção pras suas (nem sempre) gloriosas bundas. Ainda bem que não dependem de usar a cabeça.
Eu particularmente acho o uso de peles algo sem meio significado, mas não apenas pela morte dos animais. Acho sem necessidade mesmo, devido às modernas tecnologias têxteis. De qualquer forma, também não entendo porque alguns idiotas se tatuam completamente ou enchem a cara de piercings. Mas que uma mulher num casaco de vison fica sexy, isso fica (ainda mais se não tiver mais nada por debaixo). Mas lembremos das referências freudianas entre os vegans e as berinjelas.
Para terminar este bloco, recomendo aos vegans que demonstrem seu amor pelos animais oferecendo um grande abraço a uma píton ou a um dragão de Komodo. Eles adoram gente que os defendem e lembrarão que vocês são éticos e lhe devolverão todo o carinho e afeto despendidos para com eles.

Experimento com animais

Esta é a última parte sobre o desmascaramento da religião pós-moderna do veganismo. Vimos que vegans agem que nem religiosos fanáticos ao não saberem (e nem se interessarem em saber) sobre conhecimentos básicos de bioquímica, de mentirem descaradamente – querendo que as mentiras sirvam de embasamento para o rol de bobagens que pregam – e como a alimentação vegan é tão rica e nutritiva que eles vivem necessitando de suplementos alimentares. Vimos também que a falsa preocupação que eles têm para com animais é apenas especismo, o mesmo especismo que acusam as pessoas onívoras. Alegam, mediante uma arrogância em níveis estratosféricos, que são mais éticos num mundo onde a ética não existe per se, mas não se dedicam a defender animais como lacraias, baratas, insetos e outros tipos de animais.
Observamos também que a filosofia embusteira que usam fecha seus olhos quando defendem animais, mas esquecem que durante a colheita de seus preciosos vegetais, milhares de animais morrem, quer sob o efeito de inseticidas (naturais ou não), quer seja por causa das colheitadeiras que matam ratos, pássaros, insetos etc. Mas, a religião vegan só quer saber dos mamíferos, por causa da simpatia adquirida durante o processo evolutivo. E considerando que isso já explica o porque dos vegans agirem assim – o que eles negam com veemência – a conclusão óbvia é que os seguidores dessa nova religião tenderão ao Criacionismo. Afinal, um Projetista Inteligente não fez o mundo para que nos matemos uns aos outros, e sim nos alimentarmos de vegetais, como é dito no Gênesis; mesmo porque, os tigres transportados pela Arca de Noé devia comer sucrilhos Kellogg’s.
Agora, nesta última parte, veremos a maior canalhice, hipocrisia e completa falta de vergonha na cara desse pessoal: Quando vegans querem impedir a Ciência de progredir, por causa dos experimentos com animais. Só faltam querer usar aquele lixo de livro pseudocientífico da Fundação Templeton para ensinar Ciências nos colégios. Antes, contudo, de entrarmos no verdadeiro assunto em questão, deixem-me explicar umas coisinhas básicas sobre a pesquisa científica.
A começar, existem dois tipos de Ciência. A Ciência Pura e a Ciência Aplicada. Ciência Pura versa apenas o conhecimento de nosso sistema natural (e isso inclui todo o Universo) e conceituações matemáticas. Assim, estudamos estrelas, planetas ou a menor partícula subatômica da mesma forma que estudamos sobre conjecturas como as de Fermat ou sobre o número Ômega. Estudamos o comportamento dos animais e como os rotíferos bdelóideos resolveram não fazer mais sexo há alguns milhões de anos. Ponto. Ciência Pura não tem uma “utilidade”… ao menos, não uma utilidade do modo como você pensa, e nem é uma “utilidade” imediata. Assim, para que estudar tais coisas? Deixemos isso de lado por enquanto.
A Ciência Aplicada, em contraposição, fornece-nos utilidades práticas para o dia-a-dia. É através dela que desenvolvemos novas tecnologias que serão aplicadas em nosso benefício, como um forno de micro-ondas. Dessa forma, por que não estudar apenas coisas que nos sejam diretamente úteis? Ponto de interrogação.
Voltemos à Ciência Pura. Quando os cientistas avançaram para o mundo da Mecânica Quântica, a Física Moderna se distinguiu da chamada Física Clássica (a de Newton, sabem?). O mundo quântico é estranho e as previsões eram absurdas, como por exemplo: Se você quiser observar o comportamento de alguma coisa, só em você estar observar altera o comportamento dessa coisa. Mal comparando, é como você querer ver o que sua vizinha faz ao sair do banho (notem que vizinhas sempre são úteis em experimentos mentais, ainda mais quando nossas esposas não são telepatas), invadir a casa dela e ficar sentado numa cadeira bem de frente pro banheiro. Ao sair enrolada numa toalha e dar de cara com você, meu caro
tarado
pesquisador, ela não agirá naturalmente. No mínimo vai te convidar pra uma cerveja e no máximo ligar pra polícia, com a opção de pegar um revólver na mesinha perto e te encher de tiro. Da mesma maneira, o mundo quântico é cheio de surpresas, e uma dessas surpresas é o efeito fotoelétrico, o mesmo efeito que impede que você tome uma trombada da porta do elevador ou banque o “Abra-te Sésamo” na porta de algum Shopping Center. O que era apenas aprendizado sem utilidade passou a ser empregado de forma útil, da mesma maneira que o estudo de ondas eletromagnéticas propiciou o uso do radar e, quando Percy Lebaron Spencer estudava como melhorar seu desempenho viu que o chocolate que ele tinha no bolso tinha derretido, evidenciando a ação de certas emissões eletromagnéticas conhecidas como micro-ondas.
Mas o que isso tem a ver com vegans?
Cientistas precisam fazer experimentos. Mesmo físicos teóricos necessitam estudar experimentos já existentes para estudar os acertos e falhas de suas teorias. Médicos, químicos, farmacêuticos, biólogos etc. não vivem sem experimentos. E quando o experimento visa à criação de um remédio, há um problema: como testar se o remédio realmente faz o que deveria fazer? O que comumente se faz é um teste bioquímico, depois uma construção de modelos computacionais, para em seguida fazer-se experimentações em animais e só depois em humanos. Só que os fanáticos da religião vegan acham que isso é um absurdo, a ponto de chamar cientistas – que estudam por anos a fio, pesquisam, investem tempo, conhecimento e nem sempre recebendo financeiramente por toda essa dedicação – de assassinos, psicopatas, torturadores, maníacos etc.
É gritante a extrema imbecilidade de um bando de idiotas que mal terminaram o Ensino Médio, ou quando muito estudaram uma faculdadezinha vagaba, sem nunca produzir nada, nenhum um único artigo pro jornaleco da faculdade, quanto mais um artigo pra Nature,Science, PNAS etc! Não passam de um bando de apedeutas que só porque se acham melhores do que os outros por comerem alfaces, achando que a espécie humana é melhor que todas as demais e deve zelar pelos animais, enquanto chamam os outros de “especistas”. Normalmente a religião se sobrepõe à razão.
Da mesma forma que não se pode mostrar a um seguidor do Ministério da Arca de Noé (sim, isso existe), que toda aquela bobagem de Noé e sua bicharada é um atentado ao bom senso, tendo todas as evidências geológicas e arqueológicas mostrando que aquilo não passa de crendice, não se pode convencer a um fanático seguidor da religião do Brócolis Sagrado que o desenvolvimento da medicina precisou, precisa e ainda precisará por um bom tempo do experimento com animais. Mais ainda: é impossível convencer a alguém que vive numa fé cega que cientistas NÃO SE DIVERTEM fazendo isso. Se vegans tivessem um mínimo de humildade (ou capacidade cognitiva) de ler artigos e blogs de cientistas de verdade, ao invés daquele monte de lixo similar ao GoVegan, teriam visto o comovente relato do Rafael do blog RNAm, onde ele fala sobre o dia que teve que sacrificar um de seus ratos.
Mas, da mesma forma que os seguidores do Silas Malafaia só entram em sites céticos para espalhar seu monte de besteiras, sequer lendo (e muito menos entendendo) os artigos postados, os fanáticos religiosos da seita da Santa Alface jamais lêem coisas nesse sentido, ou se lêem é para xingar o pobre cientista, responsável por ajudar a salvar as vidas desse pessoalzinho que deveria rasgar as roupas e ir morar numa savana, sendo éticos e amorosos com a fauna selvagem de lá. Garanto que os leões os convidariam para o jantar.
Vegans são tão ridículos e dissimulados que marretam todos os cientistas, mas na primeira dor de cabeça correm pra farmácia. Religiões são todas iguais: a hipocrisia é algo tatuado bem fundo no ego desse pessoal.
Vendo a conversa de alguns desses seres ensandecidos, vejo que chamam cientistas de “nazistas”, por ofenderem pobres ratinhos. Assim, o que eles sugerem? Que se usem… CRIANÇAS HUMANAS! Oh, admirável Mundo Novo! Claro, por que não? Criancinhas famintas da África, que não teriam chance de qualquer forma, pois a mortalidade infantil em muitos daqueles recantos é tão elevada, poderiam servir à Ciência, pois não? Claro, claro! Que tal arrancarmos crianças da mão de mulheres na rua? É odioso, o pensamento vegan e eu nem lamento que estes débeis mentais idiotizados por sua religião estúpida sejam assim. Eu lamento é por ver muitas vezes estes retardados terem liberdade de espalhar seu monte de merda, por causa de um tosco argumento de “liberdade de expressão”, no qual se baseiam para ofender qualquer um, mas quando mostramos o quanto são idiotas ficam de choradeira dizendo que estão tornando o mundo mais ético. É essa mesma liberdade que estes fanáticos são contra, pois se dependesse dessa corja, a Ciência ainda estaria na Idade Média, basta analisar o monte de besteira que dizem. Mas os cientistas é que são maníacos nazistas. Eu processaria se algum imbecil que ousasse falar assim de mim.
Estes imbeciloides continuam usando remédios, vestem-se com roupas de lã, não se importam que vários animais morreram durante o cultivo de suas comidinhas (agrotóxicos), nem durante a colheita (quando ceifadeiras matam muitos animais pelo caminho) e nem mesmo sentem remorso de usar um inseticida.
Hipocrisia, teu nome é veganismo!
Está na hora de terminar o artigo. Não tenho ilusões de algum vegan venha aqui discutir comigo e desmentir cada ponto que eu abordei e muito menos aparecer om argumentações convincentes e/ou artigos isentos provando suas alegações. Isso nunca acontece nos meus artigos, no máximo é o mimimi sentimentaloide de sempre. Mas, como vão discutir? Falta-lhes conhecimento, falta-lhes cultura, falta-lhes subsídios e, pior, falta-lhes vergonha na cara de assumir o que realmente são: um bando de tolos iletrados que seguem modinhas e não sabem nem de coisas simples sobre seu próprio sistema digestório, nem sobre o mundo animal, nem sobre conceitos éticos e nem sobre pesquisa científica. Não obstante, estou aqui e pronto para debater, mediante argumentos sólidos e pesquisa embasada com artigos publicados em periódicos indexados sérios e isentos. Quem será o primeiro a tentar?
E para quem teve estômago para ler o texto, vale a pena ler os comentários…
  1. 1. Wlad disse:
    maio 22nd, 2010 em 19:28

    Não, nada de mimimi. pelo contrário.. Excelente texto, primoroso, completo.
    Revigorante até. Armou-me de subsídios que ainda faltavam. Argumentos completos.
    Enfim, um grande elogio a esse magnífico tour de force. Construir esse texto não deve ter sido simles nem fácil.
    Parabéns!
    Saudações
  2. 2. uirapuru disse:
    maio 22nd, 2010 em 21:01

    Tenho um amigo que chuta na rua qualquer pombo que der bobeira perto dele, o acho um idiota psicótico, pois no máximo vai ferir o bicho e deixá-lo sofrendo. Digo a ele que, para diminuir efetivamente o número de pombos, ele deveria ir falar com o velhinho que joga milhos para as pombas na praça que isto é errado por que estes bichos são uns ratos de asa transmissores de doença. Sei que, se meu amigo fizer isto, vai levar uma saraivada de bengaladas na cacunda.
    Sou bastante justo com os animais e isto é divertido!

    Administrador André respondeu:
    maio 22nd, 2010 às 21:34
    E o que isso tem a ver o artigo?

    uirapuru respondeu:
    maio 23rd, 2010 às 08:11
    Tem a ver com “Sobre a preocupação com os animais”
    Além disso convenci-me que é comum o ser humano tornar-se psicótico (obsessivo seria a palavra mais adequada) em relação a alguma idéia. Vegans, crentes, ateus, céticos etc. todos seguem o mesmo padrão. Creio que este padrão de comportamento é universal, para o bem ou para o mal. Ao ler este post, por exemplo, admirou-me a extensão e complexidade do texto, fiquei pensando no trabalho envolvido na produção…
    No caso que citei, o cara ouviu que pombos transmitem doenças. Isto é verdade por causa da superpopulação. Superpopulação resultado da nossa sociedade suja e cheia de restos de comida (somos uns porcos?) e também porque alguns alimentam os pombos. Daí o cara pode estar indo para a missa, todo arrumadinho, cabelo boi-lambeu, bíblia debaixo do braço e de repente um grupo de pombos pousa a sua frente, aí ele perde a compostura e sai dando saraivadas de chutes a esmo.
    Pensando em pombas e em loquacidade me lembrei disto:
    “Pensamentos silenciosos é que causam tempestade, pensamentos com pé de pomba é que guiam o mundo.”
    Nietzsche.

    uirapuru respondeu:
    maio 23rd, 2010 às 08:14
    “PALAVRAS silenciosas é que causam tempestade, pensamentos com pé de pomba é que guiam o mundo.”
    Nietzsche.

    Administrador André respondeu:
    maio 23rd, 2010 às 11:58
    Tem a ver com “Sobre a preocupação com os animais”
    Ninguém se preocupa com as baratas, lagartixas, moscas e mosquitos. Ninguém quer filho feio.

    uirapuru respondeu:
    maio 23rd, 2010 às 14:19
    Baratas: preferiria não ter matá-las, é muito desagradável, mas é preciso;
    Lagartixas: recolho as com um papel e as coloco para fora, são uteis e bonitinhas;
    Moscas: são sujas, mas fascinantes;
    Mosquitos: os irritantes e espertos, bons inimigos que tenho que matar para garantir o meu sono;
    Filho feio: realmente falta de amor na infância é responsável por muitos solitários, infelizes e alucinados blogueiros quarentões.

    RodrigoGarcia respondeu:
    maio 22nd, 2010 às 21:56
    @uirapuru,
    Amigo, larga o chá do Santo Daime, sério mesmo…

    Demente respondeu:
    maio 23rd, 2010 às 00:45
    Devido à alimentação excessiva, alguns pombos se tornam agressivos! Cuidado!
    Nota: desculpem, não deu pra resistir!

    Demente respondeu:
    maio 23rd, 2010 às 00:48
    Droga, parece que errei o html!
    Será que acerto?
    O correto é assim –> (mas só os administradores do blog podem postar as imagens diretamente)

    Demente respondeu:
    maio 23rd, 2010 às 00:59
    Ah! Lembrei que foi citado num comentário da matéria “Quênia soltará milhares de zebras para alimentar leões famintos”, que imagens dos comentaristas são bloqueados. Coloquei apenas o link da imagem que queria postar, logo abaixo.

    Administrador André respondeu:
    maio 23rd, 2010 às 01:03
    Já resolvi o problema da imagem, não se preocupe. Da próxima vez, basta colocar a URL, pois só os potentados podem colocar imagens e vídeos do VocêTubo
  3. 3. RodrigoGarcia disse:
    maio 22nd, 2010 em 21:55

    Ótimo texto, André! Isso me lembra o fato de que dois dos calouros do meu curso (Ciências Biológicas) não comem carne e se recusam a fazer as aulas práticas de Zoologia porque têm pena dos animais fixados! Fico me perguntando, que merda de biólogos serão eles se não aceitam a Seleção Natural como um evento maior que decide o que será de cada espécie? Mas não me preocupo tanto, gente assim: a) muda ou b) larga o curso. Eu chuto a opção b). :P

    RodrigoGarcia respondeu:
    maio 22nd, 2010 às 21:59
    @RodrigoGarcia,
    Esqueci de comentar, muita gente acha que a relação entre homem e vaca é de PREDAÇÃO mas a real mesmo (é agora que muita gente pode não entender) é que nossa relação é de MUTUALISMO. :twisted:
  4. 4. Lia disse:
    maio 22nd, 2010 em 23:52

    Esse povinho Vegan precisa é achar um jeito de feijão e pinhão não darem tanto gases.E cebola que não arda os olhos.A Emprapa já deve ter alguma coisa em andamento.Já bolaram um abacaxi mais doce que é coisa dos deuses(da ciência)hehehe.Melancia sem caroço…O tempo bão dimais da conta,sÔ!A fartura é que dá obesidade.Super oferta de comida,sem perder tempo preparando.Joga o fofo numa savana africana,tendo de andar léguas até achar um gnuzinho básico,que ele fica slim,slim.
    A cada linha do texto que eu lia,o tamanho do bife de alcatra de dois dedos de espessura,com aquela gordurinha no contorno,ia crescendo na minha imaginação :)
    Coitados dos nossos antepassados,tsctstc,quanta dor de barriga não tiveram testando o que se podia comer e não matava.
    Quem visse um índio que vive isolado sendo apresentado a um belo rodízio na churrascaria¬¬Só pra testar as reações.

    Administrador André respondeu:
    maio 23rd, 2010 às 00:28
    Façamos um teste Pavloviano: Coloquemos um vegan na frente de um belo churrasco e o deixemos sozinho.

    Eles são tão patéticos que tentam de todas as formas imitar o sabor e textura da carne, usando substitutivos toscos como a soja. Depois, nada de deixá-los tomar remédios, já que isso ofende animais.
  5. 5. Demente disse:
    maio 23rd, 2010 em 02:22

    Isso me lembra uma vez quando fui passear com meu finado cachorro.
    Uma pessoa na rua perguntou o que minha família fazia para que ele mantivesse um pêlo tão bonito, enquanto seu cachorro estava perdendo pêlos. Essa pessoa disse que dava ao próprio cachorro uma ração especial feita com uma mistura de proteína de soja, cenoura, suplementos vitamínicos e blá, blá, blá.
    Não imaginam a surpresa dessa pessoa quando respondi que dávamos a ele apenas carne mal-cozida, água e, de vez em quando, restos do almoço! Claro, evitávamos exageros, mas foi difícil explicar a essa pessoa que, mesmo nós humanos, temos sérias dificuldades para digerir alimentos crus, e a menos que eu e minha família estivéssemos enganados, cozinhar um pouco a carne antes de dá-la ao nosso cachorro devia ajudar um bocado!
    Nosso cachorro viveu 15 anos, pena que nunca tiramos fotos dele!
    Oh, sim! Vi esta notícia ontem, mas acredito que ela tenha mais a ver com o artigo que meu testemunho sobre um cachorro que adorava carne cozida.
    Antes que perguntem, essa receita não me parece muito apetitosa, mas isso dificilmente me daria o direito de chamá-lo de “mau exemplo”!
  6. 6. uirapuru disse:
    maio 23rd, 2010 em 10:13

    Você fala da mandioca e do feijão que só podem servir de alimento devido ao uso do fogo, mas com a carne não seria a mesma coisa? Pelo que sei os humanos não conseguem digerir muito bem a carne crua. Então a carne não poderia ser a dieta principal de um humano que não dominasse o uso do fogo: gastaria muita energia mastigando e seria difícil digerir.
    Em relação à dependência de nutrientes que só existem em alimentos de origem animal. É fato, e acredito que já li neste blog algum texto sobre exemplos de evolução ocorrendo tão rapidamente para poder ser observada. É a notícia que qualquer evolucionista gosta de dar. No caso em questão, teria que ter ocorrido uma rápida evolução após a descoberta do fogo para aumentar o nosso cérebro e nos tornar dependente dos nutrientes presentes na carne. É possível, mas acredito que isto também é controverso. Entretanto o ponto é que, para dominar o fogo, já teria que ter ocorrido desenvolvimento cerebral. Sem cérebro, sem fogo. Concluindo: Será que antes de nos dedicarmos a matar animais em grande escala já éramos humanos?
    Considerando a questão de dominar o fogo, um exemplo:
    “Os outros grandes primatas são incapazes de perceber que basta colocar mais lenha na fogueira para alimentar o fogo e assim continuar usufruindo de seus benefícios.”
    Isto para mim é algo estranho e dá o que pensar. É como se bastasse um “salto”, alguma coisa que permitisse o cérebro passar da condição de animal para a de humano. Como se existisse uma barreira. É pura especulação, mas, e se não é o aumento descomunal que ocorreu depois de passarmos a comer carne amaciada pelo fogo que nos fez humanos? E se o que nos faz humano foi algo além disso? E se foi uma organização diferenciada no cérebro, uma nova forma de processar informações ou para os religiosos uma intervenção qualquer: alma, experiência extraterrestre ou seja lá o que for. Então somos muito poderosos por comermos carne, mas não necessariamente humanos por isto. Isto muda a questão?
    Em minha opinião é inegável que nossos dentes e sistema digestivo indicam que por muito tempo devorar a carne de grandes animais não fazia parte de nossa dieta. Parecem-me provável que é recente as mudanças relacionadas ao consumo de carne, por exemplo, a dependência de nutrientes da carne e o tamanho do cérebro. Portanto, sentir-se mal por trucidar mamíferos talvez seja normal para um grande primata que passou muito tempo “pacificamente”, com cérebro pequeno comendo frutos, sementes e pequenos animais.
    Resumindo: Se somos muito poderosos por comermos carne, mas não necessariamente humanos por isto, poderíamos agora considerar desumano a forma como alcançamos tal poder e querer mudar tudo isto?

    Administrador André respondeu:
    maio 23rd, 2010 às 12:08
    Você fala da mandioca e do feijão que só podem servir de alimento devido ao uso do fogo, mas com a carne não seria a mesma coisa?
    Não. Carnes não desenvolveram toxinas cianogênicas.
    Pelo que sei os humanos não conseguem digerir muito bem a carne crua.
    Não estamos falando apenas de digestão e sim níveis tóxicos.
    Entretanto o ponto é que, para dominar o fogo, já teria que ter ocorrido desenvolvimento cerebral. Sem cérebro, sem fogo. Concluindo: Será que antes de nos dedicarmos a matar animais em grande escala já éramos humanos?
    Vc leu a parte que vida se alimenta de vida para continuar viva? Matávamos animais para nos alimentar e continuamos matando. Aliás, matamos animais por muitos motivos: Mostivos que vegans fingem não existir.
    “Os outros grandes primatas são incapazes de perceber que basta colocar mais lenha na fogueira para alimentar o fogo e assim continuar usufruindo de seus benefícios.”
    Que “outros” primatas? Muitos fazem até ferramentas e armas de caça e pesca. Que tal?
    Então somos muito poderosos por comermos carne, mas não necessariamente humanos por isto. Isto muda a questão?
    Em absoluto. Não são só os humanos que consomem carne, o tipo de coisa que vegans também fingem não ver.
    Em minha opinião é inegável que nossos dentes e sistema digestivo indicam que por muito tempo devorar a carne de grandes animais não fazia parte de nossa dieta.
    Sua opinião não é corroborada por nenhum fator fisiológico ou bioquímico, conforme eu escrevi no artigo (jura mesmo que vc leu o artigo?)
    Portanto, sentir-se mal por trucidar mamíferos talvez seja normal para um grande primata que passou muito tempo “pacificamente”, com cérebro pequeno comendo frutos, sementes e pequenos animais.
    Tb falei sobre isso. RTFA!
    Resumindo: Se somos muito poderosos por comermos carne, mas não necessariamente humanos por isto, poderíamos agora considerar desumano a forma como alcançamos tal poder e querer mudar tudo isto?
    Filosofia de boteco. Lamento, sou cientista.

    Caravelas respondeu:
    maio 23rd, 2010 às 13:25
    @André, Seu artigo teria sido mais feliz se tivesse dado mais ênfase à abordagem científica em prol do veganismo. O autor se diz um cientista, afinal. Que tipo de cientista é o autor, exatamente?
    É evidente que há veganos idiotas, religiosos, fanáticos, dogmáticos ou simplesmente mal informados. Pode ser até que esses sejam a maioria. Nesse sentido, eu congratulo o autor por colocar abaixo algumas falácias comuns cometidas por ativistas que seguem uma linha “espiritualista”. Expor mentiras é sempre necessário.
    Mas seria muita ingenuidade da parte do autor do artigo acreditar que não há gente séria por detrás do movimento em prol de direitos animais. Gente como Gary Varner, Donald Griffin, Sonia Felipe, Gary Francione, Tom Regan, Bob Torres, Carlos Naconecy, Sergio Greif, dentre muitos outros cientistas e filósofos de peso, que participam de acirrados debates acadêmicos acerca de uma questão cada vez mais presente.
    O argumento básico em prol da idéia de direitos está na consciência animal. Estranhamente, a palavra consciência aparece apenas uma vez em todo esse artigo, e logo em seguida o autor parte para uma comparação pífia com plantas. Com toda a sinceridade, me parece que o autor não chegou a ler absolutamente nada sério sobre o assunto, e se baseou exclusivamente em boatos de internet, e sites de deboche como o Meavels ou comunidades pró-carnivorismo no orkut.
    O autor chega ao ponto de cometer alguns erros crassos – apesar de extremamente comuns – dentre eles a diferença básica entre sensibilidade e senciência, coisas que não são, nem de longe, a mesma coisa. Também não parece estar plenamente ciente do significado de especismo, visto que encaixa a palavra em contextos nas quais ela simplesmente não faz sentido.
    A própria idéia de que a carne seria responsável pelo crescimento do cérebro humano se reduz a puro Lamarckismo, já que nada que um indivíduo coma ao longo de sua vida afetará seu DNA.
    É fato que a capacidade de digerir carne facilitou a continuidade de algumas linhagens, visto que hoje somos perfeitamente capazes de digerir músculos e órgãos internos retirados de cadáveres. É também possível que o desafio constante da caça possa ter favorecido os humanos de maior raciocínio e acuidade visual. No entanto, disso não se conclui que o alimento em si teve qualquer ligação com o aumento de volume cerebral. A comida em si é um aporte de nutrientes que subsiste apenas os indivíduos vivos naquele momento presente, e seu conteúdo não “passa adiante” através da reprodução.
    Hoje podemos viver plenamente com uma dieta exclusivamente vegetal e fúngica. O consumo de carne não é condição para a perpetuação da vida humana. Graças ao amplo conhecimento teórico sobre as necessidade nutricionais do corpo humano, é seguro dizer que não existe absolutamente nada na carne que não possa ser obtido por outras vias tecnológicas, seja a agricultura ou a suplementação. Dessa forma, a domesticação – outra tecnologia – se torna supérflua e desnecessária.
    Mesmo que há 500 anos não fosse possível utilizar suplementos na dieta, como também não era a produção industrial de alimentos vegetais, o que importa para o campo de estudo filosófico que chamamos de Ética é que *hoje* isso é uma possibilidade real e imediata. Ninguém está sugerindo uma volta ao passado, tampouco está proposto no veganismo que o homem já deveria ter sido vegetariano desde o paleolítico. É uma ética para tempos atuais, dadas as atuais condições de vida no planeta.
    Sugiro, em nome do próprio ceticismo, que o autor se liberte do dogmatismo religioso transposto para o discurso científico – um mal contemporâneo comum – que está expresso no constante apelo à idéia de natureza. Ou o autor acredita que devemos tolerar o estupro, essa eficaz e onipresente estratégia de reprodução que sempre acompanhou a humanidade e praticamente todas as espécies animais?
    No mais, parabéns novamente pela iniciativa de promover conteúdo cético na Internet. Sabemos que a religiosidade é de fato um problema imediato, que atrapalha o progresso moral e científico da humanidade, e precisamos de mais esforços num sentido de fazer com que as pessoas busquem um olhar apurado sobre a realidade, quebrando quaisquer laços com a credulidade simplória.
    Abraços.

    Administrador André respondeu:
    maio 23rd, 2010 às 13:51
    O autor se diz um cientista, afinal. Que tipo de cientista é o autor, exatamente?
    E eu que pensei que estava escrevendo num blog e não pra Nature. Minhas sinceras desculpas.
    Gente como Gary Varner, Donald Griffin, Sonia Felipe, Gary Francione, Tom Regan, Bob Torres, Carlos Naconecy, Sergio Greif, dentre muitos outros cientistas e filósofos de peso, que participam de acirrados debates acadêmicos acerca de uma questão cada vez mais presente.
    Apelo à autoridade.
    O argumento básico em prol da idéia de direitos está na consciência animal. Estranhamente, a palavra consciência aparece apenas uma vez em todo esse artigo, e logo em seguida o autor parte para uma comparação pífia com plantas.
    Obviamente, plantas não podem ser levadas em conta, pois não são seres vivos, né?
    Com toda a sinceridade, me parece que o autor não chegou a ler absolutamente nada sério sobre o assunto, e se baseou exclusivamente em boatos de internet, e sites de deboche como o Meavels ou comunidades pró-carnivorismo no orkut.
    Não. Eu li sites vegans, mesmo. E postei os links.
    Também não parece estar plenamente ciente do significado de especismo, visto que encaixa a palavra em contextos nas quais ela simplesmente não faz sentido.
    Exemplo de especismo: Eu sou um ser humano ético e tenho o dever de proteger os pobres bichinhos (mas não os lagartos feios nem as lacraias).
    A própria idéia de que a carne seria responsável pelo crescimento do cérebro humano se reduz a puro Lamarckismo, já que nada que um indivíduo coma ao longo de sua vida afetará seu DNA.
    Lamarckismo? DNA? HAHAHAHAHHAHA Mais um que não leu o artigo e muito menos os links postados. Isso não é Lamarckismo, filho.
    É fato que a capacidade de digerir carne facilitou a continuidade de algumas linhagens, visto que hoje somos perfeitamente capazes de digerir músculos e órgãos internos retirados de cadáveres.
    Não é o que os vegans dizem. Ademais, vc esperava que retirássemos os órgãos com os animais vivos?
    É também possível que o desafio constante da caça possa ter favorecido os humanos de maior raciocínio e acuidade visual.
    A acuidade visual deriva do fato de sermos presas, filho. Depois eu que uso de Lamarckismo.
    No entanto, disso não se conclui que o alimento em si teve qualquer ligação com o aumento de volume cerebral.
    Se vc tivesse lido os links…
    Hoje podemos viver plenamente com uma dieta exclusivamente vegetal e fúngica.
    Eu provei que não. Leia um livro de bioquímica, filhote. E depois volte aqui me dizendo onde vc vai arrumar vitamina B12 e aminoácidos que só existem em animais.
    Graças ao amplo conhecimento teórico sobre as necessidade nutricionais do corpo humano, é seguro dizer que não existe absolutamente nada na carne que não possa ser obtido por outras vias tecnológicas, seja a agricultura ou a suplementação. Dessa forma, a domesticação – outra tecnologia – se torna supérflua e desnecessária.
    Tb abordei isso. pena que vc não leu todo o artigo.
    Mesmo que há 500 anos não fosse possível utilizar suplementos na dieta, como também não era a produção industrial de alimentos vegetais, o que importa para o campo de estudo filosófico que chamamos de Ética é que *hoje* isso é uma possibilidade real e imediata.
    Tb abordei a questão da Ética. Vc quer fazer o experimento mental que eu sugeri?
    Sugiro, em nome do próprio ceticismo, que o autor se liberte do dogmatismo religioso transposto para o discurso científico – um mal contemporâneo comum – que está expresso no constante apelo à idéia de natureza.
    Eu nunca impus que devemos ser éticos e pouparmos boizinhos nem distribuí panfletos.
    Ou o autor acredita que devemos tolerar o estupro, essa eficaz e onipresente estratégia de reprodução que sempre acompanhou a humanidade e praticamente todas as espécies animais?
    Tb abordei sobre isso. Acontece que a Ética, caso vc não tenha lido o texto, remete-se a grupos específicos. Lamento, mas humanos e demais animais não constituem o mesmo grupo. Não precisamos estuprar ninguém para passar nossos genes adiante, mas precisamos denutrientes específicos. Reclame com a Seleção Natural, não comigo.

    Caravelas respondeu:
    maio 23rd, 2010 às 14:03
    @André, Eu li todo seu artigo, e lamento muito que você esteja preferindo ser debochado a discutir de forma razoável. Acho que só um ponto da sua réplica vale a pela comentar:
    Você disse: “Não precisamos estuprar ninguém para passar nossos genes adiante, mas precisamos denutrientes específicos. Reclame com a Seleção Natural, não comigo.”
    Também não precisamos de qualquer nutriente que só possa ser obtido a partir de animais. Isso é fato inquestionável, e amplamente conhecido. Todos nutrientes podem ser obtidos de plantas, fungos ou sintetizados, conforme já disse. Ficou claro que você não leu meu comentário inteiro, pois a questão da B12 se inclui nessa possibilidade tecnológica. É apenas com base nisso que uma ética em prol de direitos pode tomar forma.

    Caravelas respondeu:
    maio 23rd, 2010 às 14:09
    Você disse: “Exemplo de especismo: Eu sou um ser humano ético e tenho o dever de proteger os pobres bichinhos (mas não os lagartos feios nem as lacraias).”
    Especismo, basicamente, é desconsiderar interesses iguais em espécies diferentes. Só cabe falar em interesses de animais que sejam conscientes ou, para alguns, sencientes. As diferentes gradações de consciência devem ser compreendidas, a ponto de não podermos dizer que uma lacraia e uma vaca participam da vida consciente da mesma forma. Como falei noutro comentário, tudo indica que artrópodos não sejam sencientes. Não pode haver, portanto, a mesma preocupação em preservar insetos do sofrimento, caso eles de fato não sejam capazes de sofrer.
    Especismo é excluir uma espécie da comunidade moral mesmo que ela tenha consciência complexo. É, por exemplo, permitir o abate de golfinhos, seres de inteligência tão complexa que são plenamente capazes de se entenderem enquanto indivíduos e se reconhecerem no espelho. É seguro dizer que há interesses iguais aos humanos, por parte de golfinhos, em permanecer vivos e distantes de dor e sofrimento. O especismo está em desconsiderá-los apenas porque não são primatas domesticados como nós.
    Você não sabe o que é especismo.
    Sugiro que antes de se propor a discutir um tema complexo no seu blog, você procure ler de verdade sobre o assunto. Não sai por aí catando informação em site de veganismo porque muitos são ruins mesmo. Leia livros e artigos acadêmicos de gente séria e racional, como os autores que eu citei.
    Abraços.

    Administrador André respondeu:
    maio 23rd, 2010 às 14:49
    Especismo, basicamente, é desconsiderar interesses iguais em espécies diferentes. Só cabe falar em interesses de animais que sejam conscientes ou, para alguns, sencientes.
    Ou seja, vc desconsidera todos os outros animais. Ponto pra mim.
    As diferentes gradações de consciência devem ser compreendidas, a ponto de não podermos dizer que uma lacraia e uma vaca participam da vida consciente da mesma forma. Como falei noutro comentário, tudo indica que artrópodos não sejam sencientes.
    Fontes?
    Não pode haver, portanto, a mesma preocupação em preservar insetos do sofrimento, caso eles de fato não sejam capazes de sofrer.
    Então, vcs não defendem animais. É apenas uma empatia gerada por fatores evolutivos.
    Especismo é excluir uma espécie da comunidade moral mesmo que ela tenha consciência complexo. É, por exemplo, permitir o abate de golfinhos, seres de inteligência tão complexa que são plenamente capazes de se entenderem enquanto indivíduos e se reconhecerem no espelho. É seguro dizer que há interesses iguais aos humanos, por parte de golfinhos, em permanecer vivos e distantes de dor e sofrimento. O especismo está em desconsiderá-los apenas porque não são primatas domesticados como nós.

    Você não sabe o que é especismo.
    E vc é, desculpe dizer, hipócrita, pois escolhe o animal pelo qual deve ter empatia. Reitero: vcs não defendem animais, defendem uma ideia do mundo natural que não existe.
    Sugiro que antes de se propor a discutir um tema complexo no seu blog, você procure ler de verdade sobre o assunto. Não sai por aí catando informação em site de veganismo porque muitos são ruins mesmo. Leia livros e artigos acadêmicos de gente séria e racional, como os autores que eu citei.
    OS autores que vc citou são biólogos, químicos e bioquímicos? Não, não estou a fim de ler textos vazios sobre moral e ética que só valem para seres humanos. Ou, pior!, só valem para determinadas espécies de animais. Reitero: vcs são os especistas.

    Administrador André respondeu:
    maio 23rd, 2010 às 14:44
    Também não precisamos de qualquer nutriente que só possa ser obtido a partir de animais. Isso é fato inquestionável, e amplamente conhecido.
    Provas?

    uirapuru respondeu:
    maio 23rd, 2010 às 19:18
    Concordo em quase tudo em relação à fraqueza e inconsistência dos meus argumentos, é que fui escrevendo e me empolguei…
    Mas a idéia inicial era só falar que o surgimento do que nos permitiu produzir uma tecnologia e consciência superior a de qualquer outro animal com certeza não está diretamente relacionado com a dieta – foi só posteriormente que a tecnologia nos permitiu obter mais proteína animal e assim aumentar ainda mais nosso cérebro. Uma soma incomum de fatores: um caldeirão de interações sociais, ambientais e enfim uma mente que se libertou da tirania da sobrevivência e, em parte, passou a guiar o processo. Disso surgiram estes humanos e não se poderia esperar que eles seguissem alegremente regras estritas de racionalidade. Eles estão sujeitos a manias: usam gravatas, se barbeiam, perfumam, depilam as pernas, usam brincos e piercing etc. Talvez não comer carne poderá ser a próxima mania. Se nosso próprio cheiro pode nos desagradar, por que o sofrimento de um outro mamífero não poderia nos desagradar. Isto é realmente filosofia de boteco… Mas sob todos os aspectos colocar a morte de insetos no mesmo nível da morte de mamíferos é uma ciência de boteco.

    Administrador André respondeu:
    maio 23rd, 2010 às 19:36
    Mas a idéia inicial era só falar que o surgimento do que nos permitiu produzir uma tecnologia e consciência superior a de qualquer outro animal com certeza não está diretamente relacionado com a dieta – foi só posteriormente que a tecnologia nos permitiu obter mais proteína animal e assim aumentar ainda mais nosso cérebro.
    Eu postei artigo científico que embasa minha posição. Faça o mesmo.
    um caldeirão de interações sociais, ambientais e enfim uma mente que se libertou da tirania da sobrevivência e, em parte, passou a guiar o processo.
    QUEM se libertou da tirania da sobrevivência?
    Eles estão sujeitos a manias: usam gravatas, se barbeiam, perfumam, depilam as pernas, usam brincos e piercing etc. Talvez não comer carne poderá ser a próxima mania.
    Pois, é.
    Se nosso próprio cheiro pode nos desagradar, por que o sofrimento de um outro mamífero não poderia nos desagradar. Isto é realmente filosofia de boteco… Mas sob todos os aspectos colocar a morte de insetos no mesmo nível da morte de mamíferos é uma ciência de boteco.
    Sei. Vida só tem o valor que damos a ela. Entendi. Logo, é ciência TAMBÉM de boteco quando coloco a vida da vaquinha no mesmo peso que a vida humana. Touché!
  7. 7. ebotogoske disse:
    maio 23rd, 2010 em 12:39

    Tenho algumas vezes visitado o seu blog. Não sou religioso de forma alguma, não acredito nas coisas que estão por ai mascaradas. Não defendo e jamais defenderei religião, No entanto, sei que cada pessoa tem o direito de acreditar no que quiser e no que bem entender e ninguém tem o direito de interferir com isso. Os seus posts são extremamente arrogantes – voce se julga o dono da verdade e isso é muito ridiculo e condenável – porque sempre existirão pessoas que sabem MUITO mais que voce, e ficar pregando coisas do seu único ponto de vista não reflete a verdade, e muito menos se basear em poucas notas, de precárias fontes para elucidar seus temas – não garante a você a supremacia da verdade.
    Com relação ao Veganismo – sou vegano, e não sou idiota como voce coloca ali, estudo muito, conheço diversos assuntos e tenho amigos médicos, os quais me ensinam muita coisa e sempre estou atualizado lendo os periódicos e as novidades da medicina – não pense que voce só atinge gente imbecil com esse seu blogzinho. A maioria dos veganos que conheço estão bem embasados em conhecimentos cientificos e não em besteirinhas de jornalzinhos e de blogzinhos mediocres.
    Pois tenho visto que voce nas suas respostas só sabe “xingar” as pessoas e se colocar com um avatar – achando que somente o que voce pensa é a realidade – imbecilidade pura. Pois as pessoas tem o direto as suas opiniões e não é voce nem ninguém que pode ditar e escrever coisas como se fossem a única verdade universal – dentro de seu mundinho mediocre.
    Tenho amigos veganos que são veganos a mais de 20 anos e nunca precisarão de nenhum complemento – pois não falta nada na alimentação – diferentemente do que voce quis mostrar nesses posts mediocres.
    E veganismo, não é, e nunca será religião, Tanto que a maioria dos veganos são ateus. No entando, noto que você “prega” o ateísmo – mas vejo que voce sim, coloca seu ateísmo como uma religião – você sim, é uma pessoa limitada, e com um conhecimento raso das coisas e no entanto acha que é o dono da verdade.
    Encerro aqui, apenas colocando que não me importam as respostas que voce vai colocar aqui – não me dirão nada – vindo de uma pessoa rasa e com um conhecimento tão precário a cerca das coisas. Sei que a única coisa que voce tentará fazer é colocar “xingamentos”, pois claro, seus argumentos são mediocres – vindos de uma pessoa que não “entende” que cada um tem o direito de ser e escolher o que bem entender.
    Por isso, antes dos seus xingamentos, vou aproveitar e já deixar os meus: “pense antes de escrever as suas mediocridades, pois é ridiculo, ver que após tantos anos de evolução ainda existem pessoas como voce, presas em conceitos rasos, atrás de máscaras e tentando desesperadamente se “apresentar” como um intelectualzinho qualquer”.
    Volto a dizer: não sou religioso, não gosto de religiões, no entanto acredito que as pessoas tem seu próprio direito de escolha – e quanto ao veganismo: não é religião – pois a maioria é ateu. Porém, não como voce – que se esforça tanto para parecer ser uma coisa que não é.

    Administrador André respondeu:
    maio 23rd, 2010 às 13:02
    Vamos ver. Vc chega manso, começa com blábláblá sentimentaloide, não reconhece fontes indexadas publicadas na ScieLo, não reconhece válidas informações da EMBRAPA nem outras publicações com revisão de pares. Ok, vc está simplesmente na mesma medida que algum cristão fanático que acha que apenas a Bíblia é a verdade absoluta. E diz que EU quero ser o dono da verdade.










    E ainda dizem que veganismo não é religião. Bem, ok. Vamos às suas refutações em cada ponto do artigo. Pode começar.
    Ah, sim… vc disse que não se interessa pelas respostas, pois é apenas mais um pobre coitado covarde com incapacidade de refutação e nem conhecimento para tal . Tudo bem, já esperava por isso.

    Próximo!
  8. 8. leandrosansilva disse:
    maio 23rd, 2010 em 12:49

    Mais um texto interessantíssimo do cet.net, que, embora extenso para um texto de começo de domingo (o da missa é bem mais interessante :-)), vale a pena o tempo investido.
    Uma vez o autor disse, num outro site, que a ciência é amoral, neste mesmo conceito de moral citado no texto.
    Deixou claro, e concordo, que a moral não é absoluta, nem em caráter espacial ou temporal. O problema é que muitas vezes tenta-se justificar a moral pela ciência, de forma a se aproximar inclusive da visão religiosa.
    Já li (ok, não me lembro onde, mas espero que o autor já tenha visto algo semelhante) justificativas para se comer carne como este: “Está vendo estes dentes caninos na minha boca? Eles são a justificativa para eu poder comer carne”. Justificativa moral, inclusive. Temos caninos para… rasgar carne. é uma verdade incontestável, mesmo para vampiros, pois precisaríamos dar uma “rasgadinha” no pescoço das lindas donzelas para chupar… seu sangue :-)
    O problema é que a justificativa acaba por aí. Eu tenho uma certa ranha com justificativas que apelam ao “poder além da força de vontade”, que é, no caso das ciências biológicas, os genes, e no caso da religião, deus(es). Isso porque ao menos nas religiões católicas, deus fez o homem para ser superior aos outros, ou ao menos nos colocou numa situação em que nos tornássemos superiores e ser superior nos dá o direito de subjugar àqueles inferiores a nós.
    Essa ideia de superior/inferior é um tanto engraçada, pois tomamos o nosso atual estado de superioridade como o máximo possível, pois não conseguimos enxergar algo mais superior a isso. Imagine que um dia viajantes interestelares – logicamente superiores a nós (ou não, como no filme Distrito 9) – chegassem ao nosso planeta. Pela lógica acima, sua superioridade daria a eles o direito de nos subjulgar (a moral permite isso!), como animais inferiores que somos.
    Esta é particularmente uma situação imaginária. Tão imaginária quanto aquelas que o autor cita no texto do cãozinho (poodle não) e da criança em casas em chamas. Pergunto ao autor, André, o que ele faria. Provavelmente salvaria a criança. Não sei o que eu faria, provavelmente não tentaria salvar o maior número possível de pessoas que estivessem nas casas em chamas, mas isto não implica que eu simplesmente ignoraria os animais. Nem tudo é mutuamente exclusivo.
    Eu particularmente não sou fã de carne. Como carne sim, e coisas de origem animal, como ovos (adoro ovos mexidos, mas não os meus!) mas sei que não como carne como meu antepassado de 20000 anos atrás comia. Eu não caço mamutes na savana. Eu caço animais mortos no açougue (mentira, pq não consigo entrar em açougues) ou na seção de frios. Eu não movo um músculo para enfiar uma lança no peito do animal. No máximo um garfo numa carne bem passada. Simplesmente não como carne como os outros animais. Logo não posso tratar as duas maneiras de forma análoga. Da mesma forma não podemos tratar nossa ação no mundo natural (que é essencialmente o próprio mundo) da mesma forma que a ação dos outros seres vivos neste mesmo mundo.
    O quero dizer com isso? Para mim comer carne, como qualquer outro alimento, não é errado. Biologicamente estamos preparados para nos alimentarmos duma ampla gama de alimentos, como bem ditos no texto. Mas isto não implica que não há implicações morais em cada coisa que eu como. Estamos num estado o qual podemos escolher se podemos comer mais ou menos carne, sem que isso nos faça morrer de fome.
    Há alguns anos decidi, não parar, mas diminuir o meu consumo (que já não era alto) de carne. Creio que o alto consumo de carne atualmente traz consequências ruins ao meu ambiente. Mas matar animais para consumo nunca acabou com o mundo. Não ando por aí tentando convencer as pessoas agir como eu, e comer menos carne, mas creio que seria melhor se elas comessem menos. Opinião.
    Algumas pessoas disseram que eu morreria se parasse ou se comesse menos carne. Acho que não morri. Nem minha saúde mudou muito.
    A maioria das pessoas, principalmente aquelas que adoram um belo churrasco, não ligam a mínima para a “história” da carne que chegou em seu espeto. O que importa, como quase tudo nos dias de hoje, é o que EU sinto. Não importa a carne, o alimento, importa que eu estou comendo, e o prazer que sinto ao fazer isto. Prazer que deve se a compensação da falta de prazer que temos com outras coisas que usualmente sentíamos prazer em fazer.
    Possivelmente sou o pior tipo de hipócrita, admito esta possibilidade. Mas penso assim por ver que, aliado ao aumento da população humana e à propaganda da TV daquele lindo chester de natal ou àquele bifão (que antepassado nosso comia um pernil daquele?), à visão do “eu estou gastando do meu dinheiro, cuide da sua vida e não interfira na minha”, popular em músicas do povão, temos um modelo de consumo que só tende a degradar o meio ambiente, não necessariamente a mata “atrântica”, mas nossa vida cotidiana.
    Sim, as grandes monoculturas de alimentos, principalmente cereais, são tão prejudiciais ao meio ambiente quanto às fazendas de pecuária. A resposta para tudo isso não está no que comemos, mas na forma, quantidade e necessidade real (só comer por um prazer irreal) com que consumimos.
    Ah sim, Douglas Adams, no livro “O Restaurante do fim do Universo”, resolveu o problema ético em abater animais para alimentação: o desenvolvimento de uma espécie de boi modificado geneticamente para querer ser comido. Ele entra no restaurante e se oferece aos clientes para ser comido, mostrando, em seu corpo, os diferentes cores, quais são mais gostosos, e logo depois entrando na sala de abate, retornando na forma de suculentos bifes bem-passados :-)
    Deixo claro que creio que somos, acima de tudo, animais culturais, e nosso instinto parece estar cada vez mais passado às gerações futuras via gene televisivo, e o que menos interfere no nosso comportamento é nosso DNA. Mas não creio que discutir isso trará algum benefício a mim ou ao autor :-)
    Sorry pelo comentário longo, eu ia continuar a escrever, mas ficaria maior, e deixo os textos imensos para os editores do site :-)
    Ah sim, e antes de mais nada espero ver uma aqui a referência de uma notícia que indique e pessoas vegetarianas ou veganistas tendem a ser crentes e criacionistas.

    Administrador André respondeu:
    maio 23rd, 2010 às 13:16
    Ah sim, e antes de mais nada espero ver uma aqui a referência de uma notícia que indique e pessoas vegetarianas ou veganistas tendem a ser crentes e criacionistas.
    Vamos ver.










    Vegans são os únicos éticos. Pessoas normais, digo, onívoros, não
    Vegans são os únicos que respeitam a natureza.
    Vegans são os únicos que têm respeito pela vida (plantas não são seres vivos, pelo visto)
    Vegans acham que TODOS devem ser vegans.
    Vegans distribuem a “pílula verde” (ou alguma babaquice nesse sentido)
    Vegans mentem sobre fisiologia e bioquímica
    Vegans andam me xingando pelos Orkuts da vida, fóruns e no Twitter (sim, eu sei que eles estão fazendo isso, mas são covardes por não virem aqui apanhar, digo, debater.)
    Vegans acham que as pessoas normais, digo, onívoros são arrogantes, quando ELES é que querem mudar seu modo de pensar. Eu nunca fui abordado por um dono de churrascaria implorando para eu comer uma deliciosa peça de picanha.
    Vegans teriam a tendência ao Design Inteligente, pelos motivos que eu apontei diretamente no texto: Afinal, nós seres humanos temos a obrigação de defender os animais, pois somso superiores. mas onívoros é que são especistas.
    Eu ainda faço a diferença:

    Vegetariano: Quem não quer comer carne.
    Vegan: Fanáticos que querem mudar o mundo em nome da Santa Alface.

    Caravelas respondeu:
    maio 23rd, 2010 às 13:52
    @André, Rebatendo:
    “Vegans são os únicos éticos.” :arrow: ser ético não significa ser bom ou justo. Ética é ou sinônimo de conduta, pura e simplesmente, ou um nome que se dá a um campo de estudo da filosofia que visa encontrar uma conduta que seja a melhor possível, dadas as circunstâncias. Ao deixarem de comer carne, veganos são mais justos com os animais, sim, e estão se filiando à ética animal vegana.
    “Pessoas normais, digo, onívoros, não” :arrow: Todos somos onívoros, queiramos ou não. Veganos e carnívoros são igualmente capazes de digerir carne e outros produtos animais. A diferença está na escolha.
    “Vegans são os únicos que respeitam a natureza.” :arrow: O conceito de natureza é muitas vezes tomado como um análogo científico da idéia de deus. Sinto muito que você esteja caindo na mesma cilada que muito ex-religioso caiu.
    “Vegans são os únicos que têm respeito pela vida (plantas não são seres vivos, pelo visto)” :arrow: Plantas são seres vivos que não são dotados sequer de sistema nervoso cenetral. Veganos têm respeito pela vida consciente, leia-se: animais conscientes. É possível que haja animais não-conscientes. Há algum consenso a respeito da senciência de vertebrados, que é observada, e que, de forma geral, artrópodos não são sencientes, com a exceção de lulas e polvos.
    “Vegans acham que TODOS devem ser vegans.” :arrow: Errado. Alguns veganos **sabem** que todos deveriam ser veganos. Não é mera questão de opinião. É pura lógica, se partimos de um axioma ético que prescreve não provocar sofrimento a seres que sejam capazes de sofrer.
    “Vegans distribuem a “pílula verde” (ou alguma babaquice nesse sentido)” :arrow: Não faço idéia do que você está falando.
    “Vegans mentem sobre fisiologia e bioquímica” :arrow: Muitos veganos são mal informados e proferem bobagens sobre esse ou aquele campo científico. Isso é verdade. Alguns podem até mentir descaradamente. No entanto, isso não significa que todos veganos sejam idiotas ou mentirosos. Alguns de nós somos tão ou mais céticos quanto vocês do ceticismo.net, e buscamos em teorias científicas toda a base de uma construção moral mais apropriada para a plenitude da vida humana e animal.
    “Vegans andam me xingando pelos Orkuts da vida, fóruns e no Twitter (sim, eu sei que eles estão fazendo isso, mas são covardes por não virem aqui apanhar, digo, debater.)” :arrow: Bom, sinto muito por isso. Alguns de nós estamos buscando vias de diálogo sinceras e compreensivas.
    “Vegans acham que as pessoas normais, digo, onívoros são arrogantes, quando ELES é que querem mudar seu modo de pensar.” :arrow: E desde quando querer mudar sua forma de pensar é arrogância? É o que devemos fazer quando nos confrontamos com atitudes e idéias equivocadas, sobretudo quando provocam o mal do outro. Você não está justamente querendo mudar a forma com que religiosos pensam? Sinto muito que você tenha se traído dentro de seu próprio paradigma… Menos um ponto para o ceticismo.net.
    “Vegans teriam a tendência ao Design Inteligente, pelos motivos que eu apontei diretamente no texto” :arrow: Como eu disse, há, sim, veganos religiosos. Isso é infeliz.

    Administrador André respondeu:
    maio 23rd, 2010 às 14:43
    Ao deixarem de comer carne, veganos são mais justos com os animais, sim, e estão se filiando à ética animal vegana.
    Mas usam inseticidas. Não existe Ética animal vegana. Isso é invenção de vcs.
    Veganos e carnívoros são igualmente capazes de digerir carne e outros produtos animais. A diferença está na escolha.
    Não! Sério?
    O conceito de natureza é muitas vezes tomado como um análogo científico da idéia de deus. Sinto muito que você esteja caindo na mesma cilada que muito ex-religioso caiu.
    Apenas repito o que seus amiguinhos dizem.
    Plantas são seres vivos que não são dotados sequer de sistema nervoso cenetral. Veganos têm respeito pela vida consciente, leia-se: animais conscientes.
    Então não respeitam animais. Só uns poucos escolhidos. Aliás, já que vcs gostam de conjecturas pseudointelectuais, pergunto: E uma pessoa que esteja em coma irreversível? Merece o respeito vegan?
    É possível que haja animais não-conscientes. Há algum consenso a respeito da senciência de vertebrados, que é observada, e que, de forma geral, artrópodos não são sencientes, com a exceção de lulas e polvos.
    Lulas e polvos são moluscos e não artrópodes.
    Alguns veganos **sabem** que todos deveriam ser veganos. Não é mera questão de opinião. É pura lógica, se partimos de um axioma ético que prescreve não provocar sofrimento a seres que sejam capazes de sofrer.
    Res ipsa loquitur.
    Não faço idéia do que você está falando.
    Muitos veganos são mal informados e proferem bobagens sobre esse ou aquele campo científico. Isso é verdade. Alguns podem até mentir descaradamente. No entanto, isso não significa que todos veganos sejam idiotas ou mentirosos.
    Por isso que eu coloquei o fator falta de caráter, também.
    Alguns de nós somos tão ou mais céticos quanto vocês do ceticismo.net, e buscamos em teorias científicas toda a base de uma construção moral mais apropriada para a plenitude da vida humana e animal.
    Eis o problema. Moral e Ética não são científicas. CIência nunca se preocupou com isso. Eu expiquei isso no texto.
    Bom, sinto muito por isso. Alguns de nós estamos buscando vias de diálogo sinceras e compreensivas.
    Até agora, somente vc apareceu. Entendeu pq eu chamo veganismo de religião? É algo dogmático em muitos dos casos: “Eu sou bom, vc é ruim”. Me lembra o Atheist mostrando que ateus não são pessoas ruins e a crente surtou.
    E desde quando querer mudar sua forma de pensar é arrogância?
    Quando vc se acha o único certo.
    É o que devemos fazer quando nos confrontamos com atitudes e idéias equivocadas, sobretudo quando provocam o mal do outro.
    Provei não ser o caso.
    Você não está justamente querendo mudar a forma com que religiosos pensam?
    Você não está justamente querendo mudar a forma com que religiosos pensam?

    As pessoas pecam por isso. (Pecar, entendeu? hahahah sou muito engraçado!) Eu não quero mudar mente de religiosos nenhum. Eu compartilho ideias para outros céticos. Se quisesse mudar a ideias de alguém, eu iria panfletar na rua.
    Sinto muito que você tenha se traído dentro de seu próprio paradigma… Menos um ponto para o ceticismo.net.
    Menos um ponto para vc por não ter entendido para que (ou quem) o Cet.net foi feito.

    Caravelas respondeu:
    maio 23rd, 2010 às 14:58
    @André, Como eu faco pra usar bold ou itálico aqui? Tá ficando muito enrolado.
    Você ainda não entendeu o que é especismo. Por ser vegano, eu posso falar em “defender animais” como forma de simplificar a idéia, mas não igualo todos os animais num mesmo patamar de consideração. Isso seria estupidez. Há critérios científicos a serem considerados, sobretudo a idéia de consciência. Não há sentido em respeitar a consciência de seres que não são conscientes!
    Que tal levar essa discussão pra comunidade “Debates Vegetarianos” no orkut? É uma comunidade pequena, onde se preza por respeito e diálogo acima de tudo. A moderação é carnívora e vegetariana. Eu não sou moderador. Vai ter gente concordando e discordando de você, e a gente pode tomar o seu artigo como base pra começar uma conversa. Acho que vai ser produtivo ou mais organizado.
    Aparece e posta lá que eu respondo.
    Continuar o papo por aqui tá virando uma zona, eu tô ficando visualmente perdido. Nada contra o site, só acho que esse esquema de comentários não é muito apropriado pra uma discussão profunda com réplicas, tréplicas, etc. Acho que você vai concordar comigo.
    Se você tiver uma comunidade do ceticismo no orkut, podemos levar pra lá também.
    Abraços.

    Caravelas respondeu:
    maio 23rd, 2010 às 14:59
    O pior de tudo é que sua resposta mais recente aos meus outros comentários ali em cima não estão me mostrando a opção de “Responder”. :neutral:

    Administrador André respondeu:
    maio 23rd, 2010 às 15:16
    O Reply é limitado a apenas 5 threads, para não mandar o layout pro inferno.

    Administrador André respondeu:
    maio 23rd, 2010 às 15:15
    Como eu faco pra usar bold ou itálico aqui? Tá ficando muito enrolado.
    Assim, vc ecreve em negrito
    Assim vc escreve em itálico.










    Assim, vc escreve em citação (Blockquote)


    Pode usar outras codificações HTML tb, mas só os administradores pode postar imagens.
    Você ainda não entendeu o que é especismo. Por ser vegano, eu posso falar em “defender animais” como forma de simplificar a idéia, mas não igualo todos os animais num mesmo patamar de consideração. Isso seria estupidez.
    E eu não me igualo a uma vaca. Empatamos.
    Há critérios científicos a serem considerados, sobretudo a idéia de consciência. Não há sentido em respeitar a consciência de seres que não são conscientes!
    Então, cáspita, defenda Direito da Consciência e não Direito Animal, ora.
    Que tal levar essa discussão pra comunidade “Debates Vegetarianos” no orkut? É uma comunidade pequena, onde se preza por respeito e diálogo acima de tudo. A moderação é carnívora e vegetariana. Eu não sou moderador.
    Não. Eu modero aqui com justiça. Todos têm o direito de falar o que quiser. Desde que não partam pra falácias ou xingamentos.
    Vai ter gente concordando e discordando de você, e a gente pode tomar o seu artigo como base pra começar uma conversa. Acho que vai ser produtivo ou mais organizado.
    Declino, obrigado. mas vcs têm total permissão para reproduzi-lo, bastando citar a fonte, claro.
    Continuar o papo por aqui tá virando uma zona, eu tô ficando visualmente perdido. Nada contra o site, só acho que esse esquema de comentários não é muito apropriado pra uma discussão profunda com réplicas, tréplicas, etc. Acho que você vai concordar comigo.
    Pois é. Estamos estudando de criar um Fórum de Discussão, mas isso consome tempo.
    Se você tiver uma comunidade do ceticismo no orkut, podemos levar pra lá também.
    Dê uma olhadinha na coluna da direita.
  9. 9. Mr.Darkness disse:
    maio 23rd, 2010 em 13:58

    Adorei o artigo :cool:
  10. 10. Icarus disse:
    maio 23rd, 2010 em 15:41

    Ler este artigo me deu uma fome danada.
    Vou lá preparar uma picanha no capricho :mrgreen:
  11. 11. Sorete disse:
    maio 23rd, 2010 em 16:43

    Cacilda! Vou fazer pipoca de micro-ondas sabor manteiga, vestir meu boné do National Geographic, pegar um caderninho de notas e sentar aqui na sombra porque este artigo vai ferver! Graça à Éris existem crentes moderadamente alfabetizados e digitalmente inclusos. :grin:
  12. 12. AdministradorAndré disse:
    maio 23rd, 2010 em 18:10

    Estou esperando alguém tocar no assunto do experimento com animais.

    Sorete respondeu:
    maio 23rd, 2010 às 19:14
    @André, na tua opinião, achas moralmente aceitável abduzir um indivíduo incapaz de entender os riscos [de um experimento] e aceitá-los, submete-lo à testes potencialmente letais e dolorosos, mesmo honrando-o e homenageando seu sacrifício involuntário pelo progresso?

    Administrador André respondeu:
    maio 23rd, 2010 às 19:30
    Humanos têm direitos humanos. Ratos de laboratório, não.

    Quantos exemplos de pessoas que se sacrificaram como cobaias vc quer que eu coloque aqui?

    Sorete respondeu:
    maio 23rd, 2010 às 21:44
    @André, nenhum, este é suficiente pra demonstrar como a moral e a ética são maleáveis:
    http://www.youtube.com/watch?v=M7mr7CK7zEk

    fabinhocpp respondeu:
    maio 28th, 2010 às 14:23
    @André, Os Vegans acham aceitável tomar suplementos sintéticos para suprir a falta de algumas proteínas. Mas para produção desses suplementos não são feitos testes em animais?
  13. 13. Carlos Pacheco disse:
    maio 23rd, 2010 em 19:10

  14. 14. Fernando Z disse:
    maio 23rd, 2010 em 21:18

    Essa ética vegan que é divulgada realmente força muito a barra. No nosso mundo existe vida se alimentando de vida inclusive antes de nós surgimos. Não há nada de errado nisso. Simplesmente é assim que a natureza funciona.
    Em 2006 fiz um concurso do Ministério Público da União e o texto da prova de Português a ser interpretado falava exatamente disso. O autor criticava o pensamento vegan argumentando que verduras e legumes também são vidas (uma forma de vida diferente evidentemente, mas uma vida). E aí vamos ter que viver da luz do sol (como alguns indianos afirmam conseguirem) e não comer mais nada.
    Essa questão da dieta desbalanceada conheço alguns casos. Um deles, a esposa de um amigo meu estava com excesso de plaquetas no sangue. De acordo com o médico o problema era o excesso de folhas na dieta. Ela não é vegetariana, mas tinha o costume de comer muitos vegetais. E o tratamento inclui ajustes na dieta.
    Um outro caso trata-se de um primo meu. Ele é Hare Krishna. Quando iniciou na religião virou vegetariano que uma das características da religião. Depois de algum tempo ele começou a incluir carnes na dieta. Quando perguntam a ele a diferença ele diz que se sentiu muito mais disposto. Penso que pode ter a ver com a questão do ferro que foi explicada no texto.
    Com relação a primeira parte do artigo, fico me perguntando onde eles tiram esse tipo de informação (ph do estômago citado, o desenvolvimento dentário, e etc.). O valor biológico, então, simplesmente não existe pra eles.
    No que concerne a experiência com os animais a foto do rato vem a calhar. Muito do conhecimento da fisiologia e o desenvolvimento de uma série de remédios foram conseguidos através da experiência com eles e é por isso que sou favorável, afinal, cientistas não fazem isso por diversão e sadismo e sim por necessidade.
    E que ética é essa de supermercado que os vegans defendem aplicada a pesquisas científicas? Essa de trocar animais por crianças é nova pra mim. É anti-ético usar animais, mas crianças não (?). Seriam crianças africanas? A África foi durante algum tempo privada de medicamentos para a SIDA porque se queria saber mais sobre a transmissão vertical da doença. Vai ver que é esse tipo de ética que eles defendem.
  15. 15. rabelo43 disse:
    maio 23rd, 2010 em 22:39

    E quanto a piedade à bactérias? Os vegans não tomam remédios?
    “As inúmeras plantas “carnívoras” (plantas são antiéticas?)…” – este trecho foi foda d+!!!!! huahauhauhaua
    Se demorou pra fazer este post (com certeza foi) valeu a pena d+!!!
    Repassei pra 15 amigos, são 15 curiosos e, em breve, serão 15 cientistas!
    Vlw André!!!!

    Administrador André respondeu:
    maio 23rd, 2010 às 22:41
    Eu acabei de tomar um yakult com milhares de lactobacilos vivos. Sou um genocida!

    rabelo43 respondeu:
    maio 23rd, 2010 às 23:06
    huahuhauhauahahu
    Peguei este arumento no quadro “Supersincero” do fantástico, que fala de uma passeata em “favor da natureza”. Especismo é a definição ideal pra o tipo de coisa que propõem!
    Boa noite! Sucesso!

    Administrador Abbadon respondeu:
    maio 24th, 2010 às 18:29
    Vou denuncia-lo à Corte de Haia !
    :)
  16. 16. rabelo43 disse:
    maio 23rd, 2010 em 22:49

    Obs.: Estamos estudando pro Vestiba, queremos ser cientistas!!!
  17. 17. Paula disse:
    maio 23rd, 2010 em 23:58

    Uma vez meu filho descobriu que comia carne de boi e ele me disse: O boi também quer viver, normalmente o vegetarianismo começa por pena do animal.
    Não sou vegetariana, mas como pouca carne, e já tive anemia por isso e por excesso de menorréia, bagunçou todos meus hormonios.
  18. 18. RodrigoGarcia disse:
    maio 24th, 2010 em 00:13

    Engraçado que é “éticamente correto” você matar um ser vivo que não possui sistema nervoso pra poder se alimentar mas é feio matar uma vaca. Também é engraçado dizer que somos “errados” quando comemos carne mas o leão faz isso a milhares de anos e ninguém diz que a natureza tá errada.
  19. 19. Affirma disse:
    maio 24th, 2010 em 10:02

    Excelente artigo André.
    Tem uma prima minha que vai dar pulos quando ler, já estou rindo só de pensar.
    Já estava com saudades dos artigos “flame wars” :twisted:
  20. 20. Fernando Z disse:
    maio 24th, 2010 em 11:22

    Esqueci de fazer uma pergunta.
    Algumas pessoas afirmam que a soja (o substituto da carne no vegetarianismo) pode provocar ginecomastia por causa de um aumento da genisteina no intestino. Ela seria transformada pelos micro organismos intestinais em produtos similares ao estrógeno.
    Essa informação procede?

    Administrador André respondeu:
    maio 24th, 2010 às 12:55
    Nunca li nada neste sentido.

    Demente respondeu:
    maio 24th, 2010 às 16:35
    Sobre sua pergunta, esse efeito já foi observado em ratos de laboratório, além de outros mais daninhos. Tente isso:
    É uma enorme lista de pesquisas sobre os efeitos daninhos da soja na alimentação (quase todas feitas com animais, “pobrezinhos”). Claro, se alguém souber de uma boa lista de pesquisas sobre os efeitos benéficos da alimentação baseada em soja, com referências, “serei todo leitura”!
    Achei esse site na época em que trabalhava com a “Herbalixo”. O pessoal da Herbalife vivia falando que seus produtos “soy-based” eram eficazes na prevenção dos efeito da menopausa devido à informação que FernandoZ citou, mas sempre desconversavam quando o assunto era o efeito no público masculino. :roll:
    Sabe-se que uma alimentação baseada em soja possui certos efeitos em animais de laboratório e células humanas in-vitro, alguns benéficos e outros não, apartir dos quais é possível inferir seus efeitos em humanos adultos.
    Daí, minha posição é a de que uma alimentação baseada em derivados de soja pode provocar ginecomastia em homens se mantida por longos períodos, mas com a ressalva de que ainda faltam pesquisas mais aprofundadas sobre o efeito da soja na alimentação de humanos adultos.
    Nota: me avisem se eu estiver equivocado em relação a alguma informação.
  21. 21. Kormoran disse:
    maio 25th, 2010 em 16:04

    Ta certo, vamos falar dos testes com animais!
    Eu tenho la em casa meus gerbils, po, eles são legais, espertos, agitados, e até carinhosos!
    E claro que eu quando vejo os camundongos usados nos testes clínicos eu fico sensibilizado sabendo o destino dos pobres roedores, mas pensemos assim, uns roedores podem morrer porque causam doenças, mas outros NÃO podem morrer na tentativa de achar a cura para uma doença!?
    É meio anacrônico…não?
    (eu não gosto de usar o termo “sacrificado” porque pra mim quem sacrifica é religioso, eu ja presenciei um ritual desse, isso sim alem de desnecessário, desumano, medieval é…nojento!)
    E outra, falam somente dos ratinhos, que lembram os vários personagens dos desenhos mas ninguém se lembra das larvinhas de ouriço do mar (Lytechinus variegatus) usados nos testes de toxicidade de efluentes líquidos ou de amostras ambientais.
  22. 22. kessia disse:
    maio 25th, 2010 em 17:18

    Tomando as suas palavras, ”é comum o ser humano tornar-se psicótico (obsessivo seria a palavra mais adequada) em relação a alguma idéia.” ;D

    Administrador André respondeu:
    maio 25th, 2010 às 17:56
    A esse pessoal, damos o nome de RELIGIOSOS.
  23. 23. kessia disse:
    maio 25th, 2010 em 18:43

    exato
  24. 24. Mentalist disse:
    maio 25th, 2010 em 21:27

    Eu sou vegetariana há mais de 15 anos. Não como nenhum tipo de carne. Motivo: não gosto. Pronto. Acabou ai.
    Mas não entendo o que é que é essa coisa de saudavel. Eu já pesei 98kg mesmo sendo vegetariana. E sou vegetariana chata, não gosto nem de soja porque lembra carne, nem hamburger, nem nada, absolutamente nada que pareça carne. E dai? Eu não sou melhor que ninguém por isso, atualmente estou emagrecendo por reeducação alimentar. Comer massas e doces, dependendo da quantidade não é legal. Mas esse blá blá blá não convencem os vegans.
    São chatos, malas, acham que estão fazendo um enorme bem ao mundo simplesmente deixando de comer carne. Ainda têm a pachorra de dizer que a mídia fala mal do leite, da carne e derivados porque a indústria precisa vender. Se falarem o que realmente a carne e os derivados são, supostamente vão destruir o mundo capitalista em que vivemos.
    André, eu vi os idiotas te criticarem nos blogs da vida e praguejarem mil ofensas contra você, e achei tremendamente ridículo. O que esses canalhas fazem pelos animais? Apenas se limitam a não comer carne? Isso é tudo?
    Sabe qual o problema deles? Eles acham que os animais são como os personagens da Disney, que falam e pensam como os humanos. Acham que vivemos numa grande fábula em que os bichos são sempre os mocinhos.
    Por que não fazem alguma coisa realmente válida pelos bichos, como retirar animais abandonados das ruas, animais maltratados em circo, animais em extinção, ameaçados pela caça? Não, eles se limitam a apenas ‘não comer carne’, como se o mundo animal estivesse ligando muito para o que eles pensam. Como se os animais tivessem o poder de opinar sobre seus hábitos cretinos de simplesmente comer coisas de origem vegetal.
    Grande porcaria. Quantas vegetações são desmatadas para plantar a porra da soja que eles usam pra fritar seus hamburgeres vegetarianos para relembrar os velhos tempos da carnificina? Blairo Maggi que o diga, hehe! Ele certamente deve amar os Vegans…
    E eles ainda se defendem com essas filosofias tolas que não serve de nada além de encher os nossos ouvidos de bobagens sem tamanho.
    Francamente, eu sou vegetariana, mas não sou hipócrita. Cada um que coma o que bem entender, oras! Tanta gente que come carne e faz muito mais que eles para ajudarem animais. Não to falando de gente que vai se pintar de bife e protestar contra sabe-se-la-o-que criando uma cena medonha como essa:
    http://www.suckerlove.blogger.com.br/050716_f_003.jpg
    Nossa, é nessa hora que eu entendo o que é vergonha alheia.
    To falando de gente que se preocupa mesmo com animais, com desmatamento e por alguma razão têm simpatia pelo mundo em que vivemos.
    Filosoficamente são uns imbecis; cientificamente enganam as pessoas com falsas informações sobre as desvantagens de se comer carne. Como se as fritadas de batata fossem muito saudável. Como se a gordura trans fosse menos nociva que o colesterol…
    O pior é que falar, às vezes só dificulta. Eles não querem entender nada.
    São uns cabeçudos que só sabem falar e falar. Enquanto perdem seu precioso tempo falando o mundo cruel continua ai.
    Nada me estranha que eles queiram viver num mundo parecido com Madagascar: leões amiguinhos de zebras.
    Parabéns pela matéria, foi muito esclarecedora!
    Vegans, pensem um pouco nos seus atos, queridinhos. Vocês não vão salvar o mundo deixando de comer carne…

    Tanatos respondeu:
    maio 26th, 2010 às 10:11
    Subistitua Vegan por Religião e a coerência do texto continuará intácta. Incrível! :twisted: :lol::twisted:
  25. 25. ceccunha disse:
    maio 26th, 2010 em 15:54

    o pessoal está desatualizado. Artrópodes sentem sim dor, como demonstrado aqui:
    Robert W. Elwood & Mirjam Appel. Pain experience in hermit crabs? Animal Behaviour, 2009.
    Além do mais, o sistema nervoso deles funciona de forma bem semelhante ao nosso, por esse motivo inseticidas agem de forma similar em nós.

    Demente respondeu:
    maio 27th, 2010 às 00:24
    O que você espera que pessoas que acham que lulas e polvos são artrópodes?
    Além disso, para vegans, alguns animais são melhores que outros: vivem reclamando das vaquinhas mortas para consumo humano mas ignoram os milhões de ratinhos mortos para proteger suas plantações!
    “Ah! Mas eles não sentem dor, pois não possuem um sistema nervoso complexo como o nosso!”
    Ah, tá. E por isso ratos são artrópodes, que nem lulas e polvos!
    Agora, um pouco de humor:
  26. 26. Bruno Caxito disse:
    maio 30th, 2010 em 17:51

    Ótimo artigo, grande mas valeu a pena ler até o final.
    “[…]Eu lamento é por ver muitas vezes estes retardados terem liberdade de espalhar seu monte de merda, por causa de um tosco argumento de “liberdade de expressão”[…]“
    “Não concordo com uma só palavra do que dizeis, mas defenderei até a morte vosso direito de dizê-lo”
    Voltaire
    A frase é boa, mas coisas como as citadas no artigo nos fazem pensar se como qualquer boa idéia a liberdade de expressão não tem perdido o seu verdadeiro foco.

    Administrador André respondeu:
    maio 30th, 2010 às 18:04
    O problema é quando VOCÊ externa a SUA opinião, estes supostos defensores do direito de expressão lhe xingam, ofendem e ameaçam. Por isso uqe eu chamo Veganismo de religião. veja se não são completamente parecidos.
  27. 27. Lucho disse:
    junho 16th, 2010 em 21:16

    “Antes de terminar esta parte do artigo, deixem-me dizer-lhes uma coisa, afim de acabar com um mito: vegetais também se defendem.”
    Ao ler essa frase eu me lembrei de uma reportagem a respeito da carambola. Dizia que a carambola produzia uma substância para se defender dos mosquitos e outros bichos. Era uma espécie de “agrotóxico natural”.
    Só que essa substância pode causar problemas de saúde para quem tem problemas renais. Era uma coisa mais ou menos assim.
    Já ouviste falar disso, André?

    Administrador André respondeu:
    junho 16th, 2010 às 22:50
    Da carambola especificamente, não. Mas nabos possuem uma toxina pior que os agrotóxicos que usam na lavoura. Olha um exemplo:http://www.ancras.pt/pdf/P4%20Joao%20Simoes.pdf ehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Defesas_vegetais_contra_a_herbivoria (com muitos links de referência).
  28. 28. Trak Trak Trugui disse:
    junho 21st, 2010 em 20:37

    Esse André é foda!!!
    Texto magnífico pra variar além do tom sarcástico em determinados trechos não perde o bom humor.
    Parabéns, adorei a leitura.
    (só tenha um pouco mais de paciência com os camaradas que vem aqui buscando esclarecer um pouco mais os seus pontos de vista.)

    []s

5 responses to this post.

  1. Posted by João on Novembro 24, 2020 at 18:35

    Com trinta anos deixei de consumir carne e peixe. Nunca tomei suplementos alimentares. Soja, tofu e todas essa coisas são estranhas na minha alimentação. Ovos das minhas galinhas ( que morrem de velhas ), couves, batatas, feijão e demais vegetais, cereais, frutos da época, etc. Faço análises todos os anos e o médico fica com inveja ( comedor de carne ). Tenho 60 anos e qualquer dia morro como qualquer carnivoro, mas de consciência tranquila. Se encontrar um Deus, vou colocar a seguinte questão: Porque me fizeste humano ?

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  2. Posted by LUCIA MOREIRA on Março 23, 2011 at 01:54

    QUANDO OPTEI POR VEGETARIANISMO,NUNCA TINHA OUVIDO FALAR ESSA PALAVRA,APENAS Ñ SUPORTEI TÃNTOS MAUS TRATOS ME COLOQUEI NO LUGAR DELES LEVANDO EMPUROES CAINDO MACHUCANDO,SIMPLISMENTE INDO PRA MORTE,PELA NOSSA GULA,EU Ñ CONCORDO COM ISTO, TALVES NUM FUTURO TALVES PERTO OU Ñ PENSE NOS VEGETAIS MAS ISTO E SO PRO FUTURO, POR POR ENQUANTO Ñ QUERO VER SANGUE DERRAMANDO DE DOR DE ANIMAIS INOCENTES,UMA PESSOA VER UM ANIMAL MORRER DO GEITO Q VI E ACEITAR NUMA BOA,PRA MIM SÃO PESSOAS SEM O MINIMO DE SENTIMENTOS BONS.

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  3. Posted by Lorival Ferreira on Janeiro 15, 2011 at 04:30

    INTERESSO-ME por Filosofia, mormente a Filosofia Científica, metodologia e modelos explicativos cosmológicos.
    O AUTOR do presente texto perdeu tempo, compondo uma peça deselegante, tecendo comentários desairosos e envergonhando as pessoas que têm uma visão científica do Universo.
    NÃO SABE o que realmente é cepticismo, considera os veganos como fanáticos religiosos e não soube definir nem o que fanático nem o que é religioso. Para criticar os veganos teria que explicar o que é veganismo, é o mínimo de higiene lógica que se exige de um escritor que se interesse pelo pensamento, mas não o fez.
    ELE PODERIA ter resumido seu longo texto em poucas sentenças sintéticas e elegantes.
    PENSEI em nem mesmo comentar texto tão pobre, não obstante, creio que meu dever não é com ele, porque ao escrever o texto já obteve o prêmio que desejava.
    CREIO que uma redação como esta prejudica de modo extremo as funções cognitivas das pessoas que o lerem.
    SUGIRO que quem deseje reproduzir este texto, mesmo que para usá-lo como exemplo de pensamento desorganizado, deveria colocar uma advertência.
    CUIDADO ESTE TEXTO PODE DIMINUIR SUA INTELIGÊNCIA.
    CUMPRE a quem estuda lógica, aos que se interessam por visão científica do mundo, combater pessoas farristas como o redator deste texto.
    O CÉREBRO humano é um equipamento muito sério para ser desperdiçado deste modo.
    O OUVIDO humano e a visão humana merecem respeito.
    ASSUNTOS sérios, como a ÉTICA não são assuntos que se comparem com torcida de futebol, não é conversa de bêbado.

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  4. Concordo que de nossa natureza vem o onivoro, que come de tudo e não sou contra comer carne, porém sou contra os meios como essa carne é conceguida! Com crueldade, Antigamente, na épocas dos indios era a maneira correta de se agir, eles pegavam apenas o necessa´rio e respeitavam os limites da natureza. Quanto aos pombos e ratos que muitos criticaram, eles são animais como os gatos e os cães, porem se tornaram ‘pragas” pois nós fizemos isto com eles, com certeza quem ja estudou biologia sabe oque aconteceu nesse processo! O Homem alem de não respeitar a vida como um todo não respeita nem si mesmo, preocupando-se em destruir crenças que de certa forma ajudam um pouco o caos vivido pela sociedade atual ao em véz de preocupar-se em de fato fazer algo que possa ajudar ao bicho homem, e aos outros bichos a terem um futuro nesse planeta!

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  5. Posted by Fernanda on Junho 30, 2010 at 16:21

    Sou contra darmos atenção a esse tipo de merda. Os argumentos são de uma pessoa que desconhece o assunto sobre o qual fala, ataca e critica. Completamente arbitrário, pobre e mal escrito. Ignoremos.

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