E AS PLANTAS?!

por Bruno Müller

in Seres Livres

Nas últimas postagens tenho tentado responder a alguns dos questionamentos mais comuns quando falamos com alguém sobre veganismo. Dessa vez, quero tratar de uma das mais populares entre os onívoros. Uma questão que sempre aparece, com variações: “mas e as plantas? Elas também não sentem? Porque devemos ter compaixão pelos animais e não por elas?”

Por mais absurda que seja a questão, e por mais que eu esteja convencido que ela raramente é posta com propósito sincero, vale a pena se debruçar sobre ela, até para demonstrar a desonestidade de quem a coloca. Ela raramente é motivada por uma dúvida sincera sobre a diferença (ou não) nas implicações éticas do uso de animais e plantas por seres humanos. Geralmente é um álibi dos onívoros para justificar seus hábitos: “se não podemos ser éticos em igual medida com animais e plantas, então seria arbitrário poupar apenas um deles, sendo mais lógico e justo vitimar ambos”. Como veremos, há um oceano de distância nas implicações éticas do uso de animais e de plantas. Os pretensos defensores das plantas – que eu jocosamente chamo de “alfascistas” (conjunção de “alface” com “fascista”) – na verdade guardam parentesco com os relativistas e os realistas políticos. Como os primeiros, diante da impossibilidade de justificar seus desvios éticos, buscam apontar o dedo acusador para seus críticos, julgando que os erros que eles também cometem – mesmo que apenas presumidos – eximem-nos de responsabilidade pelos seus próprios erros. Como os realistas, sugerem que a impossibilidade de chegar a padrões mínimos de moralidade e ética não apenas invalidam a busca por estes padrões, como justificam a ação totalmente desvinculada de ambos.

Geralmente a questão vem na forma da afirmação: “os vegetais também são seres vivos”. É aqui que começa a se mostrar a fragilidade de seus “argumentos”. De fato os vegetais são seres vivos. Mas alguns vegetais sequer precisam ser mortos para serem comidos. Tira-se a folha, ou o fruto, e o vegetal continua lá vivo. Também se pode deixar a raiz e o vegetal vai continuar a crescer. Agora, quando se tira o vegetal pela raiz, é inegável, ele morre.

A outra forma mais famosa de confrontar os vegetarianos é dizer: “os vegetais também sentem”. Essa, que na verdade é a questão central, não é de melhor valia para os alfascistas. Aqui entra a questão da senciência, que qualquer pessoa que se dê ao trabalho de investigar as razões do veganismo deveria conhecer. Senciência é o termo que usamos para explicar porque somos veganos. Resumindo, dizemos que os vegetais não têm senciência, ou seja, não sofrem. Agora, algumas pessoas mais bem informadas ou mais espertas ou mais interessadas em nos confrontar, podem alegar que existem estudos sobre a capacidade das plantas de “sentir” a agressividade do ambiente, ou o fato delas responderem a estímulos (como a planta dormideira, que se fecha ao ser tocada). Eis algumas formas de responder estas questões:

1. Os estudos sobre a sensibilidade das plantas são inconclusivos, nunca foram repetidos (pré-requisito para um experimento científico ter validade) e alguns cientistas consideram-nos como verdadeiras fraudes.

2. As plantas não têm sistema nervoso central, logo é impossível para elas sofrerem e sentir dor.

3. As plantas são fixadas na terra; elas não podem fugir de um predador, no máximo ter espinhos; o sistema nervoso e a sensação de dor servem justamente de alerta para que os animais fujam de perigo iminente – se a planta não pode fugir, pra que precisaria sentir dor? Seria, no mínimo, contraditório. Ou, na pior das hipóteses, cruel.

4. Responder a estímulos não é igual a ter senciência. Até organismos não-vivos como células e proteínas respondem a estímulos.

5. Mesmo que as plantas tivessem senciência (o que tudo indica não terem), seria uma sensibilidade muito diferente dos animais. Aqui se costuma usar uma analogia muito comum entre os veganos: diga a uma pessoa para visitar uma plantação na época de colheita e visitar um abatedouro, e lhe pergunte o que lhe parecerá mais violento. Institivamente sabemos que matar um animal é muito mais violento e doloroso que arrancar uma planta pela raiz.

6. É provado que podemos viver sem explorar, matar, comer animais. Mas podemos viver sem plantas? Lembrando que usamos plantas não só na alimentação, mas para fazer várias outras coisas, desde produtos de higiene e limpeza, medicamentos, até roupas e utensílios domésticos e móveis. Viver sem usar plantas, se não for impossível, exigiria que voltássemos a viver na selva. No caso das plantas, portanto, pode-se alegar com muito mais propriedade que nossas vidas dependem dela – o que não é de modo algum verdadeiro no caso dos animais não-humanos.

7. Se a pessoa ainda assim acha que não há diferença entre usar plantas e animais – e acredite-me, ela só dirá isso se estiver competindo, e não dialogando, pois qualquer pessoa com bom senso (não precisa nem inteligência) é capaz de perceber a diferença – então pode-se dizer duas coisas:

7a. Podemos optar por causar mais dano ou menos dano. É sempre preferível, quando o dano é inevitável, causar menos dano. Creio que qualquer pessoa, a menos que seja nazista ou coisa parecida, terá que concordar com este princípio. E o fato indiscutível é que comer e usar plantas diretamente causa menos dano, porque se temos que infligir dor, e podemos optar em infligir dano a animais E plantas ou só a plantas, o melhor a fazê-lo é causar dano só às plantas. Até porque, afinal, os animais também comem plantas, e um boi, alguns porcos ou muitas galinhas comem muito mais plantas do que um ser humano comum. Se considerarmos o tanto de animais para consumo que existem no planeta, veremos quantas toneladas de plantas nós lhes damos para os comê-los depois, o que será revertido numa quantidade bem menor de carne, que além de tudo é um alimento mais pobre. Aqui percebe-se como até de uma pergunta banal, provavelmente debochada, pode-se extrair uma reflexão relevante. Se esse interlocutor hipotético acha mesmo que devemos consideração às plantas, ainda assim teria de ser vegetariano: produz-se e consome-se muito menos plantas se nos alimentamos diretamente delas, causando, conseqüentemente, menos dano não só aos animais, mas às próprias plantas e a todo o ecossistema. Tantas plantas sendo dadas a animais é desperdício de comida e uma pressão extra sobre as florestas remanescentes. É mais racional, sob todos os aspectos, alimentar-se diretamente de fontes vegetais. Além de poupar os animais, desse temos mais excedente de alimentos (ajudando no combate à fome, que é um fenômeno político) e ajudamos a reduzir a dependêndia da importação de alimentos e a derrubada de florestas.

7b. Se, em todo caso, a pessoa DE FATO se preocupa em poupar a vida das plantas, ela tem a opção de adotar o frugivorismo (frutos e frutas), que embora restrito e requeira muito cuidado, é viável. Não há, sob qualquer prisma, em qualquer sistema de crenças, qualquer dilema ético na alimentação frugívora, afinal, as frutas não são seres vivos, são parte do sistema reprodutor dos vegetais, e EXISTEM PARA SEREM COMIDOS, pois é ao comê-los que os animais espalham as sementes dos vegetais, permitindo assim que nasça uma nova geração deles. Mas daí cabe a ressalva do que mencionei no item 6: para ser coerente, o frugívoro não pode usar nada de origem vegetal, que é justamente o que os veganos fazem em relação aos animais.

Quem quiser saber mais sobre os estudos sobre a sensibilidade das plantas e sua contestação: http://brazil.skepdic.com/plantas.html

Quis ser o mais abrangente possível neste texto, para dar argumentos aos vegetarianos confrontados com essa “pegadinha” dos onívoros. Minha experiência mostra que raramente precisamos usar todos esses contra-argumentos. Depois de um ou dois deles, as pessoas desistem de nos questionar, diante da fragilidade de seus próprios “argumentos”.

Crédito da Foto: Rachel Siqueira

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13 responses to this post.

  1. O que me deixa preocupada em consumir produtos vegan é que a grande maioria da produção de grãos ocupam o espaço onde deveria ter árvores, animais silvestres. Por isso sou a favor de reduzir a quantidade de alimento industrializado seja carne ou planta, pois infelizmente mesmo que todos resolvessem serem veggies, iriam sobrar milhares de animais e faltar alimentos para todos. Para mim penso que é igual lixo. Não adianta somente separar, o mais importante é reduzir. E se devemos ter pena dos animais que sofrem, deveríamos ter pena dos próprios seres humanos, que passam fome, pois se alimentar com qualidade com o valor alto dos alimentos certificados e orgânicos, torna-se inviável para maioria da população.

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  2. Posted by paula on Novembro 1, 2015 at 20:08

    Bom eu concordo sobre a questão das plantas, porém eu percebo que ser vegano é mais um caminho para se mudar os hábitos desenfreados de consumo que visam apenas o lucro sem medir as consequências. Quando se pensa no maus tratos aos animais é pensar no que o ser humano esta fazendo em relação a ele mesmo quando desequilibra todo um sistema natural, abusando de antibióticos, hormônios, e tantos outros danos já comprovados, sem dizer nos agrotóxicos e outros venenos que enfiam nossa garganta a baixo, o que nós temos que perceber que só com consciência é que mudamos todo um sistema arbitrário, o poder esta no nosso poder de escolha, é de acordo com nossas atitudes que as empresas são obrigadas a repensar seus atos, assim como cada um de nós só mudamos porque o outro esta mudando, porque é tão difícil as pessoas aderirem a uma vida mais justa? Porque ainda predomina o lucro desenfreado das grandes indústrias, porém apenas porque ainda permitimos, assim que as nossas atitudes mudarem eles obrigatoriamente mudam também, a indústria é nosso reflexo.

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  3. Posted by Lucia Cavalcante on Agosto 18, 2013 at 12:07

    Para mim, esta pseudo-ética de que não devemos comer animais, pelos motivos expostos de quem se auto-denomina vegetariano(nos suas infinitas formas) é babaquice, concordo plenamente com o não matar de forma conscientemente cruel, por motivo torpe(diversão, luxo), animais em vias de extinção, coisa do tipo; mas alguém esqueceu que somos animais, somos onívoros, assim como existem os carnívoros, os herbívoros, etc. Uma alimentação saudável e balanceada, já que possuímos inteligência para isso, é altamente elogiosa, mas essas pessoas que fazem textos enormes com construções rebuscadas para parecerem a si e aos outros mais inteligentes que a maioria, não me convencem, e acredito sim, com honestidade que tanto quanto os animais, as plantas “sentem”, como, não sei; mas quem pensa que não deveríamos comer o que a nossa natureza nos oferece, provavelmente deve ter como super-heróis aqueles tubarões do filme ” procurando Nemo”. Peixes são amigos, não comida! Me poupem.

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    • Posted by Simone Maciel dos Santos Silva on Agosto 18, 2013 at 20:13

      Concordo plenamente com você.

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    • Posted by Teago on Julho 10, 2015 at 19:19

      Sim, somos animais e não precisamos ser onívoros. Onívoros são onívoros por questão cultural imposta ou ”opção”, não porque precisam ser. Sim, existem os herbívoros, carnívoros. Nós somos frugívoros.
      ”Construções rebuscadas” – diga-me um exemplo.
      Veganos não querem serem mais inteligentes, querem incentivar e informar as pessoas a mudarem seus hábitos alimentares que tanto ferem os animais (isso também inclui as pessoas pobres), o meio ambiente e a saúde.
      Não existe nenhuma comprovação científica que as plantas são sencientes. Mas, se elas forem, tenho certeza de que seria MÍNIMA comparando-se com animais. Logo, ainda seria muito mais ético comer plantas, já que não temos opção (isso que os onívoros matam muito mais plantas que os veganos).
      Veganos são honestos, temos que falar sempre a verdade para não sermos derrubados por assassinos (onívoros) que querem justificar isso com simples besteiras (por ignorância). Sim, para nós matar animais sem necessidade é um assassinato.
      A natureza nos oferece centenas de variedades de frutas, legumes e vegetais. Ainda assim, temos que roubar o leite da vaca, matar e torturar um animal para satisfazer o paladar de poucas pessoas em apenas alguns minutos, tirar os ovos das galinhas que queriam ter seus filhos com eles e roubar o mel que as abelhas guardavam para se alimentar no inverno. Você acha mesmo que, na natureza, a espécie humana comeria essas 3 coisas?

      LEITE: a vaca produz o leite para alimentar o seu bezerrinho. Se você acha isso um recurso natural aos humanos, então o leite de zebra, girafa ou cachorro também seria natural para o nosso consumo.

      CARNE: se os nossos ancestrais comiam carne crua (o que não teria muitas possibilidades, já que não temos garras, presas, audição, olfato e visão noturna desenvolvida e muitas outras característica de caçadores naturais) seria em mínimas quantidades. Na natureza iríamos comer vegetais e legumes crus, frutas (inclui as secas) e água, assim como os primatas antropóides, que compartilham 98% do nosso DNA.

      OVOS: a galinha bota ovo com o intuito de ter pintinhos. Muitas espécies de aves colocam ovos para o próprio consumo (como as galinhas). Infelizmente, como o homem domesticou as galinhas durante centenas de anos, elas começaram a por ovos de forma radical – mesmo sem o galo, elas colocam ovos. Existem galinhas selvagens e elas não são assim. Na natureza as galinhas iriam esconder os seus ovos, já que é instinto. Se era natural do homem comer ovo cru, não sei – mas tenho certeza que seria em mínimas quantidades (ou inexistentes). E não é porque nossos antepassados comiam ovos crus que temos que continuar comendo.

      MEL: nem preciso falar. O homem só tem acesso com o mel com aquelas roupas que cobrem o corpo inteiro, mesmo.

      Os peixes não são nossos amigos, nem nos conhecem. Se eles tivessem consciência do que fazemos eles, eles seriam nossos inimigos. Mas eles não fazem mal NENHUM para nós. Só porque não são nossos amigos e não têm a mente desenvolvida como nós, não significa que temos que comê-los e fazê-los sofrerem.

      Qualquer dúvida sobre o veganismo, não exite em comentar. Existem muitas razões para ser vegano. O veganismo está crescendo e sendo aderido por pessoas com compaixão pela natureza e com a mente ética, disposta a fazer o mundo um lugar melhor para todos os seres que nele vivem.

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    • olá vejo que muitos animais podem ser comidos por nós mas a maioria das pessoas cometem injustiça no exercer do poder que têm não sujeitam se à terra fazendo o que querem com a natureza pensando no lucro coisas passageiras não sinto me bem comendo aquilo que sei está sendo maltratado por isso é bom ter uma terra onde pode se plantar e criar animais com uma forma adequada

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  4. Posted by maria on Dezembro 10, 2012 at 17:00

    Sou vegana e discordo do que disse. Acredito que o ser humano está evoluindo no quesito compaixão, amor, fraternidade e outras qualidades universais…. Dessa forma, e muito vagarosamente (precisa de uma infinita paciência sideral para aguentar) ele vai percebendo a vida ao seu redor. Primeiro os familiares, depois os amigos, depois pessoas desconhecidas, depois os animais, as plantas, os minerais e assim por diante. Haverá o dia em que saberemos que tudo é vida e consciência. Mas o processo, como disse, é lento. Já existem frugivoristas e pessoas que se alimentam de luz…. Vamos evoluindo. O importante é que ninguém critique ninguém pelas suas escolhas. Todos caminhamos, uns mais rápido que outros…Deveriamos ser exemplos do que queremos transmitir e ensinar. Ser a mudança que queremos no mundo, como já disse Gandhi. Ninguém atingiu a perfeição e não acho que isso seja possível… Pelo menos não neste planeta…rs… Se alguém fala das plantas como desculpa para não parar de comer a carne, deixe que fale. Um dia compreenderá. Mas talvez justificar que plantas não sentem não seja a melhor solução. Aliás, uma boa resposta para qualquer indagação é: um dia vc compreenderá!!! Um abraço carinhoso.

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  5. […] Geralmente a questão vem na forma da afirmação: “os vegetais também são seres vivos”. É aqui que começa a se mostrar a fragilidade deste “argumento”. Clique para ler o artigo. […]

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  6. Posted by Bruno B. on Janeiro 7, 2012 at 17:08

    vc não acredita q responder a estimulas é a mesma coisa?
    ok!
    vc é um aglomerado de células, e devido a um acidente evolutivo vc foi abrigado a desenvolver um SNC então quer dizer que pelo fato das plantas não terem um SNC elas não sentem?
    deixa eu dar um pisão no seu pé para que suas células reajam a esse “estimulo”

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  7. Crítica Literária – A Vida Secreta das Plantas

    No ano de 1966, Cleve Backster, então o maior especialista americano em detecção de mentiras, numa tediosa tarde teve a estranha idéia de fixar os eletrodos de um de seus detectores numa folha de dracena, espécie tropical utilizada como planta ornamental.
    Movido pela simples curiosidade, descobriu algo que abalaria os fundamentos da visão que o homem tem sobre o mundo que o cerca: As plantas tem uma percepção extremamente aguçada das energias que movem o universo.
    E vai além: são capazes de reagir de diferentes formas até mesmo as intenções ocultas da mente humana. Os xamãs — homens de conhecimento das comunidades pré-históricas — já sabiam que, por trás da sua aparente passividade, as plantas possuem uma vida secreta, cheia de percepções e atividades. Esse mundo oculto foi constatado, desde então, por cientistas, alquimistas e visionários de diferentes épocas e lugares.
    Este livro, escrito em (inexplicavelmente não consigo precisar o ano) por Peter Tompkins e Christopher Bird (e inspirou Steve Wonder a compor, em 1979, o disco “Journey Through the Secret Life of Plants” – mas alguém leu o livro pra ele, né? – certa vez me indagou um amigo. rs), nos prova através de métodos científicos, sensitivos e espirituais que as plantas são seres de luz, muito mais sábias do que pode supor nossa limitada percepção.
    Durante toda a leitura, pensamentos me invadiam o tempo todo. De pensar o quanto ainda temos a evoluir, o quanto ainda temos a aprender sobre o mundo que nos rodeia. A máxima de Shakespeare “Há muito mais entre o céu e a terra do que julga nossa vã filosofia” se faz tão presente e reveladora durante a leitura que nos resta apenas a humildade e a alegria em saber que estamos aqui de passagem, e por mais que nos esforcemos, os mistérios continuarão a nos desafiar. Que ótimo! Que ingratidão revelar todos os truques das forças místicas e energias cósmicas que movem o universo e fazem do caos uma teoria sábia e precisa, cheia de vida, cores, flores e perfumes.
    Certamente quando o homem, ainda tão iludido por aquilo que é visível e palpável, ainda tão depende daquilo que é material, do que é mensurável, exeqüível, ainda tão dependente daquilo o que apodrece, conseguir enxergar além do que os fustigados olhos podem ver, despertará para um mundo que, mesmo secreto, está o tempo todo bem debaixo dos nossos sentidos – basta apenas permitirmos compartilhá-lo.
    Acredito que livros como estes são apenas os primeiros passos, apenas o engatinhar do homem em direção as descobertas que revolucionará a visão do universo no próximo século e certamente apontam para um relacionamento de profunda harmonia e respeito entre o homem e a natureza. Recomendadíssimo!

    A Vida Secreta das Plantas – Peter TOMPKINS e Christopher BIRD

    http://essetalmeioambiente.com/critica-literaria-a-vida-secreta-das-plantas/

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  8. Sou omnívora mas adorei este texto! Se fosse por mim já teria mudado os meus hábitos alimentares!
    Tudo o que o sr. disse está certíssimo! Perfeito! 😉

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  9. Posted by Aline on Março 31, 2011 at 22:37

    Nossa, excelente sua explicação! Enviar-lhe-ei para todos os sem cultura que me pedirem sobre “e as plantinhas?”. Ótimo!

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