CONSCIÊNCIA ALIMENTAR

Constantemente temos tidos denúncias de alimentos contaminados, vencidos, ou adulterados.

Independentemente dos hábitos alimentares, a população fica assustada, ou então ouvimos o seguinte comentário:

-Se analisarmos seriamente os alimentos, não teremos mais o que comer!

Que triste não ?

Não podemos nem saber do que estamos alimentando o nosso corpo! Sem contar a variedade de dietas que existem e são conflitantes entre si. Umas mais protéicas, outras com ênfase em carboidratos, outras eliminam a refeição matinal, outras incentivam a refeição matinal, vão deixando as pessoas confusas, do que é realmente certo.

Sem maiores pretensões, coloco alguns temas para reflexão, compartilhando minha experiência pessoal, que além de melhorar minha saúde, contribuiu na transformação do meu ser.

Entendo que cada organismo é único, diferente um do outro e que devemos buscar a nossa própria alimentação, baseados em respostas que temos no nosso próprio corpo.

Nós somos aquilo que comemos. Hipócrates dizia que o alimento é o nosso remédio.

As correntes alimentares que conhecemos são :

Carnívoros, que se alimentam de carnes; os onívoros, que comem todos os tipos de alimentos, os Vegetarianos, que comem vegetais, frutas e verduras, e deivados de animais ( leite, queijo, ovos), os acreófagos que só não comem carnes, peixes, ou aves o resto é variado; o naturalista, que não come nenhum produto industrializado com agentes químicos, somente integrais, mas admitem carnes brancas ; o frugívoro, que se alimenta de frutas, o herbívoro de legumes e hortaliças, o macrobiótico, baseado na medicina chinesa, inclui peixes, e, equilíbrio entre yin-yang.

Independentemente da corrente é indispensavel a ingestão de carboidratos, gorduras e proteínas, além de garantir a qualidade dos produtos .

Na minha vivência com terapeutas de diversas linhas alimentares, nunca presenciei uma discussão não emocional do tema. Geralmente a maior batalha é travada entre os adeptos da carne e os vegetarianos.

Conheci médicos e nutricionistas que defendem ardentemente a alimentação com carnes variadas, outros que defendem somente carnes brancas, outros que defendem só peixes, e outros que seguem a linha vegetariana. Até no meio cientifico existem controvérsias.

Quero deixar um ponto de reflexão não científico, baseado na minha vivência, naquilo que percebi no corpo, dentro do meu ser.

Uma parte da minha família é vegetariana, e outra se alimenta de carne. A Última matriarca da família, minha avó Iracema, faleceu um mês antes de completar 100 anos de existência, era vegetariana por amor, tinha compaixão pelos animals.

Sempre quando ia à sua casa, achava estranho uma pessoa não comer carne. Na minha adolescência e parte da minha vida adulta, experimentei quase todos os tipos de carnes comíveis, tais como : rabo de lagarto, rãs, tartaruga, veado, baleia, enfim, o que aparecia. Não me sentia alimentado, se no prato não tivesse ao menos um bacon. Todas as sextas-feiras ia almoçar em rodízios de carne, e pelo menos uma vez por semana, em churrascaria. Depois de um tempo meu corpo começou a responder com gordura excessiva, agressividade, e alguns outros sintomas.

Decidi me levar a sério e fui a uma clínica para fazer regime e lá uma das orientações era a de que eu deveria comer bife na chapa, bem passado, sem gordura.

O que eu mais adorava na carne era exatamente a gordura e o mau passado. Decidi então deixar de comer carne vermelha enquanto estivesse no regime, passando a comer somente carnes brancas.

A partir dessa decisão minha vida começou a mudar. Senti-me muito mais disposto, calmo, o intestino passou a trabalhar diferente. Fui despertando para compreender e estudar melhor a alimentação.

Passei um ano só comendo carnes brancas, e pude perceber uma sensação dentro do meu ser que me convidava a prosseguir no estudo alimentar. Era um chamado que parecia vir de um tempo distante, um convite vindo de outro estado de consciência.

Assim, após um acidente esportivo, acabei conhecendo a massagem oriental e a meditação, e decidi mudar novamente minha alimentação, ou seja deixei também o frango e o peixe.

Aos meu amigos mais próximos, parecia uma decisão radical mas, dentro de mim, sentia uma força nova tomando conta de meu ser, que era maior e mais forte do que eu mesmo.

Isso aconteceu em 1987, e desde essa época, nunca mais voltei a comer nenhum tipo de carne.

Quero ilustrar as vantagens, benefícios, os insigth´s que tive, e o que aprendi, ao longo dessa vivência.

Ser vegetariano é um estado de espírito, tão sutil, que não pode ser adotado, de forma intelectual.

Só pode ser sentido, percebido. É um processo de dentro para fora.

Uma maneira menos densa de viver e compartilhar a mente com os animais.

Geralmente a polêmica recai sobre as proteínas. Não quero entrar nesse clichê, deixo isso para médicos e cientistas, que tanto de um lado como do outro são dotados de fortíssimos argumentos.

O que posso dizer é que minha saúde melhorou de forma geral, consegui equilibrar melhor meu peso, o odor corporal transformou-se ( atualmente não tenho a necessidade de usar desodorantes ), o funcionamento intestinal melhorou, e minha vida espiritual intensificou-se .

Posso observar no lado vegetariano da família que não aparentam a idade que tem, e quase nunca ficam doentes. Aparentam ser, no mínimo, dez anos mais jovens do que são na verdade. Isso não li em livros e ninguém me contou. Infelizmente, e enfatizo, infelizmente, não posso dizer o mesmo do outro lado da família.

O meu paladar alterou-se, sinto mais o gosto de todas as coisas.

Satisfaço-me e descobri o verdadeiro prazer de comer na simplicidade do mundo vegetal.

Descobri na vida vegetariana uma forma mais alegre de se alimentar.

Nunca me senti fraco, muito pelo contrário, percebi que necessito de menos horas de sono, minha disposição para o trabalho aumentou, assim como o desempenho sexual e o controle da ejaculação.

Espiritualmente abriram-se novas portas para a minha percepção. Minha consciência foi, gradualmente, sendo expandida.

Porém recomendo que aqueles que decidam, interiormente, mudar a sua alimentação, estudem as combinações de alimentos ou profissionais de saúde para tal, a fim de evitar carências alimentares.

A melhor indicação que você poderá ter sobre a corrente alimentar que deverá adotar é o seu próprio ser. Melhor do que qualquer teoria, livro, seu corpo , suas emoções e sua alma indicarão a sua tribo. Para isso você deverá por em prática , essa é a melhor, e na minha opinião a única forma, para você poder falar desta, ou daquela corrente alimentar.

Para saber mais, visite os sites específicos sobre vegetarianismo.

Que a Luz da Nova Consciência traga o melhor caminho para você e sua alma.

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